Começaram ontem as projeções sobre os partidos que assumirão a presidência da Assembleia Legislativa a partir de 2023. Um ano caberá ao PT, que elegeu a maior bancada, com 12 integrantes. Estão mais credenciados a disputar o cargo Stela Farias, eleita pela quinta vez, Luiz Fernando Mainardi e Jeferson Fernandes, que entrarão no 4º mandato, além de Pepe Vargas, o segundo mais votado, atrás do atual presidente Valdeci Oliveira.

Vagas determinam muito

Com sete deputados, ao PP também caberá um ano. Estão cotados Adolfo Brito (8º mandato), Frederico Antunes (7º) e Silvana Covatti (5º).

O MDB, com seis deputados, forma a terceira maior bancada e vai assegurar um ano na presidência. A escolha ocorrerá entre  Vilmar Zanchin e Juvir Costella. Cada um chega ao 3º mandato.

Haverá descontentes

Para o quarto ano, surgirá disputa entre o PL, o PSDB e o Republicanos, que terão cinco deputados cada um. No PL, constam da lista: Kelly Moraes (3º mandato), Rodrigo Lorenzoni (2º) e Paparico Bacchi (2º). No PSDB, o escolhido será Pedro Pereira, que soma cinco mandatos. O Republicanos fará a indicação de Sérgio Peres, que garantiu o quarto mandato.

O desenho final dependerá do resultado do 2º turno, porque alguns serão convidados para secretarias de Estado.

É preciso olhar adiante

As campanhas eleitorais têm uma tradição: a promessa dos candidatos de que resolverão tudo. Desconsideram os dados dos orçamentos e nem comprovam a existência de recursos. Vendem ilusões que, para se concretizarem, exigem mais endividamento público, que hoje ultrapassa R$ 5 trilhões. O cenário mundial também deveria entrar na balança, mas sofrem um lapso de memória.

Nuvens pesadas

O jornal espanhol El País publicou, ontem, análise de Miguel Jimênez. Um trecho: “O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial abriram a cortina de sua reunião anual em Washington, segunda-feira, com um diálogo que parecia uma disputa de pessimismo. A diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco, David Malpass, traçaram um quadro sombrio da economia mundial, que será especificado em números com a apresentação do relatório World Economic Outlook.”

Motor desacelera

Segue o analista no jornal El País: “As reuniões anuais estão sendo realizadas em um momento em que o mundo enfrenta a fase mais lenta da atividade econômica nos últimos 80 anos, a inflação em alta, a crise alimentar e energética, a guerra na Ucrânia, o contínuo impacto negativo da pandemia, o clima mudança e o agravamento da pobreza. O FMI reduzirá as previsões de crescimento global e o risco de recessão aumentou.”

Limites

O Brasil não vive numa torre de marfim ou em outra galáxia. É necessário incluir o cenário mundial e as perspectivas difíceis. Quem não fizer isso será candidato a aplicar um estelionato.

Riqueza para se conservar

Hoje é assinalado o Dia Nacional do Mar. O Brasil possui um dos litorais mais extensos do mundo. Dezessete estados possuem trechos de costa litorânea, totalizando mais de 8.500 quilômetros e 400 municípios. Representa uma das principais fontes de riquezas do país. Segundo dados da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, podem ser gerados até R$ 2 trilhões por ano em produção marítima, o que equivale a 19% do Produto Interno Bruto.

Questão de tempo

Este colunista entrevistou ontem, no programa Manhã RDC, o oceanógrafo Gilberto Fillmann, professor da Fundação Universidade de Rio Grande e doutor em Ciências Marítimas na Universidade de Plymouth, Reino Unido. Resumo do que declarou: “Há algum tempo, acreditavam que os mares não seriam atingidos pela poluição. Hoje, são visíveis o lixo e, sobretudo, os plásticos. Trata-se de um problema muito sério. A perspectiva é ruim com o lançamento cada vez maior de esgotos em áreas aquáticas, que acabam chegando aos mares e aos oceanos. Ainda está em tempo de reverter o processo, mas será preciso apressar muito.”

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