A mídia internacional repercutiu o resultado das eleições presidenciais no Brasil. A maioria destacou a diferença entre o que foi apontado pelas pesquisas e o resultado das urnas. Título do jornal espanhol El País: “Bolsonaro contradiz tudo o que tinha sido divulgado.”

Conhecem

Do analista Eduardo Paladini no jornal Clarin, de Buenos Aires, ontem: “A eleição presidencial no Brasil deixou outro título poderoso: a retumbante asneira dos institutos de pesquisa. Para o leitor argentino, nada de novo: algo semelhante ao que aconteceu em nosso país em 2019 aconteceu no país vizinho.”

   

       Conformou-se

       Manchete de O Estado de São Paulo ontem: “Bolsonaro vai para o 2º turno com mais votos do que o previsto.” Erro dos institutos de pesquisa que o próprio jornal contratou. Não consta em nenhuma página que a direção tenha reclamado ou pedido desculpas.

       Boca fechada

       Iludem-se os que acreditam na possibilidade de as direções dos institutos de pesquisa virem a público dar alguma explicação. Atribuem a acidentes de percurso e ponto final. Equivale a dizer “até a próxima fraude”.

       Grande dúvida

       O PSDB gaúcho avalia numa balança de alta precisão vantagens e desvantagens de uma aproximação com o PT. Poderá ganhar votos, mas há também o risco de perdas.

       Mudança

       A tendência entre assessores de Onyx Lorenzoni é conduzir a campanha numa linha bem mais agressiva do que a do 1º turno. A decisão virá até amanhã.

 

       Onde quer chegar?

       Desde 2004, quando Carlos Lupi assumiu a presidência do diretório nacional, o PDT começou a descer a ladeira. Os números de domingo confirmaram mais uma vez as imensas dificuldades. Precisa entregar logo o cargo a um gaúcho fortemente vinculado à história do trabalhismo. Vieira da Cunha, por exemplo.

De ponta a ponta

    Em Santa Catarina, Jair Bolsonaro obteve 50,2% do total de votos. O PL embalou, elegendo o senador Jorge Seif e levando Jorginho Melo, candidato ao governo do Estado, para o 2º turno com a preferência de 38,6%. Garantiu a maior bancada na Assembleia Legislativa com 11 deputados e seis vagas na Câmara dos Deputados, vindo depois o MDB com três.

       

    Perdeu a força

    Pela primeira vez em 28 anos, o PSDB perdeu o governo de São Paulo. Rodrigo Garcia, que fez carreira no DEM e se tornou tucano apenas no ano passado, ficou em terceiro lugar na disputa e não vai ao 2º turno, que terá Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).

 

       Começam as definições

       Reeleito governador de Minas Gerais com mais de 56% dos votos, Romeu Zema sinalizou ontem que apoiará Bolsonaro.

 

       Dança das cadeiras

       O que chama a atenção na futura composição da Câmara dos Deputados: 1) a bancada do PL saltou de 68 para 99 integrantes; 2) o PP perdeu 11.

    Para o Senado, o PL elegeu oito candidatos que se somam aos seis que já ocupam vagas.

Não desistiram

Voltarão à Câmara 17 ex-deputados federais. Entre os mais conhecidos, Roseana Sarney, Eunício Oliveira e Lindbergh Farias.

Desafio

Uma das esperanças dos candidatos: tirar eleitores de casa no dia 30. Há vários anos, a tendência no 2º turno é diminuir a participação.

Segundo round

As campanhas eleitorais estão liberadas desde as 17 horas de ontem. Por lei, foi preciso esperar 24 horas após o encerramento do 1º turno. Pode haver a distribuição de materiais como cartazes, panfletos e bandeiras. Carros de som com propaganda também circulam. A propaganda obrigatória em rádio e TV começará nesta sexta-feira. Os candidatos terão o mesmo tempo.

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