O carrossel da sucessão gira tanto que Luis Carlos Heinze precisa vir a público com frequência para dizer que é candidato ao governo do Estado. Age corretamente, diante de tantas versões que correm. A última vitória do PP, quando ainda se chamava Partido Democrático Social, foi em 1982 com Jair Soares. Desde então, foi derrotado.

Tem uma pedra no meio caminho

Um dos problemas de Heinze: o setor primário, que costuma representar, têm dito que ele é mais importante no Senado do que em uma eventual gestão no Palácio Piratini. A posição se tornou mais nítida há poucos dias, quando a Farsul apelou para que o governador Eduardo Leite concorra à reeleição, acompanhando outras entidades representativas do setor produtivo.

Muito mais viável

Os defensores da construção de um porto no município de Arroio do Sal precisam tomar conhecimento do decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro, recentemente, que permitirá instalar também no mar as turbinas de geração de energia por meio do vento. Hoje, os parques ocupam apenas terra firme no país. O texto define regras para tirar do papel projetos eólicos em alto-mar, chamados de offshore no jargão do setor.

Costa dos ventos uivantes

O sonhado porto no Litoral Norte, sempre tão agitado, implica custo muito alto, além de danos ao meio ambiente. Acrescente-se que o Estado tem o superporto de Rio Grande, o segundo maior do País. Como a intenção dos investidores é ganhar dinheiro, as turbinas custam muito menos e têm considerável rentabilidade.

Correr ou ficar no mesmo lugar

Os alto falantes da Câmara precisariam avisar: “Atenção senhores deputados, muita atenção, de 3 a março a 1º de abril estará aberta a janela para troca de partido sem perda do mandato. Reservem seus lugares e boa viagem!”

O que especulam

Com mudanças de camisetas dos parlamentares, anda congestionada o guichê  de apostas para apontar o partido que terá mais integrantes.

A tendência é que o Partido Liberal, ao qual o presidente Jair Bolsonaro se filiou em novembro do ano passado, salte dos atuais 43 deputados federais para 64, passando a ser a maior bancada.

Em segundo lugar deverá ficar o União Brasil, resultante da fusão entre DEM e PSL, com 62 deputados.

O PP sonha alto: dos atuais 42 passaria a 52 deputados. O PSD é mais modesto, esperando adesão de cinco. Dos atuais 35 iria para 40 deputados.

Tropeços

 Há bancadas que perderão. Dos 32 deputados federais, o PSDB deverá perder seis. Consequência da ausência de protagonismo de Fernando Henrique Cardoso e a divisão do bloco paulista, que sempre comandou o partido.

O PDT, sob a liderança de Leonel Brizola, chegou a ter 45 deputados federais. Hoje, bancada não passa de 25 e verá quatro saírem. O presidente Carlos Lupi, cujos acordos não costumam ser bem sucedidos, é causador da queda.

 O PTB perderá metade dos atuais 10 deputados. Obra de Roberto Jefferson, que torna a sigla nanica. É a medida de seu líder.

É assim

Brasília, dos altos salários pagos com dinheiro dos impostos, é a capital com população mais endividada. Resultado de levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Confirma o ditado: quem muito tem esbanja bem.

Marco definitivo

O Teatro Municipal em São Paulo, há 100 anos, recebeu uma exposição de pintura e escultura, saraus e apresentações musicais do compositor Villa-Lobos e da pianista Guiomar Novaes. O evento, ocorrido entre 13 e 17 de fevereiro de 1922, ficou conhecido como a Semana de Arte Moderna. Os principais participantes foram Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Guilherme de Almeida e Sérgio Milliet, entre outros. A ideia era provocar a Imprensa e fazer muito barulho para apresentar ideias de vanguarda. O objetivo foi alcançado e a repercussão se mantém até hoje.

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