Institutos de pesquisa, que se dizem atentos aos interesses do País, deveriam perguntar à população: o debate sobre mudanças no sistema tributário é necessário ou não?

Antes, poderia haver uma campanha esclarecendo sobre as armadilhas existentes há muito tempo: guerra fiscal, bitributação, regimes especiais, renúncias de arrecadação, sonegação e perdão de dívidas. Práticas diárias que atendem e beneficiam poucos.

Travada

Prometida há 30 anos para sanear o quadro de injustiças e imperfeições, a reforma tributária não sai da mesa de negociações, envolvendo governos, parlamentares e partidos políticos.

Zona do perigo

O Dia da Internet Segura foi assinalado ontem. Por coincidência, ocorreu também a divulgação de que mais de 40 bilhões de registros acabaram expostos em todo o mundo no ano passado. Somente no Brasil, o número de registros vazados ultrapassou os 815 milhões. É o que aponta a nova edição do relatório anual da Tenable, intitulado Threat Landscape Retrospective 2021, que trouxe  análise detalhada das principais vulnerabilidades e ameaças exploradas no último ano, via grupos criminosos, para realizar ataques cibernéticos.

Pistas

O estudo inclui uma visão geral das vias de ataque e das vulnerabilidades preferidas pelos cibercriminosos, além de insights que apoiam organizações a se prepararem para enfrentar os desafios de 2022.

Teve mais

O governo do Rio Grande do Sul confirmou ontem que sites ligados ao Estado foram invadidos durante a madrugada. Não houve vazamento de dados. A Procergs  bloqueou a iniciativa e trabalha para que tudo volte ao normal.

Corrida ao dinheiro

A 9 de fevereiro de 1992, os jornais publicaram: “Há mais de 4 trilhões de cruzeiros esquecidos por brasileiros em instituições financeiras ou empresas do governo e que podem ser reclamados. O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço tem, atualmente, 1 trilhão de cruzeiros em contas inativas de pessoas que mudaram de emprego e não sacaram o dinheiro. O Fundo Nacional de Desenvolvimento, formado no governo Sarney com empréstimos compulsórios sobre a compra de combustíveis e veículos, conta hoje com 3 trilhões de cruzeiros.”

Passados 30 anos, o Banco Central abre novamente a possibilidade de o dinheiro ser sacado.

O que já fizeram

A propósito de calotes aplicados, poucos podem ser equiparados ao tal de empréstimo compulsório. Era uma forma usada para socorrer o caixa do governo federal, sabedor que grande parcela não mais retiraria.

Tragédia paralela

Levantamento divulgado ontem pela Organização Não Governamental Todos pela Educação apontou que 40,8% das crianças brasileiras entre 6 e 7 anos não sabiam ler ou escrever em 2021. É como se, em uma sala de aula com 25 crianças, 10 delas não tivessem recebido a alfabetização. Para chegar à conclusão foram analisados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE. O questionário foi respondido pelos responsáveis pelas crianças.

Assustador

O número de crianças entre 6 e 7 anos que não sabia ler ou escrever saltou de 1 milhão e 429 mil em 2019 (o equivalente a 25,1% nessa faixa etária) para 2 milhões e 367 mil (40,8%) em 2021. Aumento de 65,6% em comparação com  2019.  São números que amedrontam e acendem todos os sinais de alerta.

Não há tempo a perder

A educação nunca foi tão necessária, básica, imperiosa e indispensável. Não se pode condenar uma geração à ignorância, ao obscurantismo, à desinformação e ao despreparo. Daqui em diante, não haverá tarefa mais urgente do que a cruzada pela alfabetização de crianças.

Sem memória

Ao buscar subjugar a Ucrânia, os comandantes da Rússia não perceberam que a União Soviética caiu a golpes de martelo no muro de Berlim e a tiros de fuzil na heroica Romênia.

Quer apagar chamas

O presidente da França, Emmanuel Macron, nunca subiu numa escada Magirus, não vestiu roupa de amianto, nem fez curso para salvar pessoas. Tenta, porém, conquistar o título de Bombeiro do Ano, levando seu caminhãozinho para jogar água na briga política entre Rússia e Ucrânia.

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