O pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul pelo PL, Onyx Lorenzoni, foi o entrevistado da edição da última quarta-feira (27) do RDC News Especial Eleições.

O programa apresentado por Carolina Aguaidas e Renato Martins teve ainda a participação especial de Soraia Hanna, jornalista e sócia-diretora da Critério.

Confira os principais destaques:

Missão como governador
“Tenho dito que não tenho olhado para os lados, tenho olhado para a frente. A missão de transformar o Rio Grande do Sul é algo desafiador. Nós temos, ao longo dos últimos anos, uma perda de terreno em relação aos estados vizinhos, Santa Catarina e Paraná. O cenário ficou difícil para quem empreende. Na pandemia nós tivemos uma gestão que foi uma tragédia. Mais de 200 mil empresas foram fechadas no ano de 2020, porque se escolheu pintar mapa, ouvir pseudocientistas e mandar fechar tudo. A gente tem que ter um governo que olhe para as pessoas, que possa mostrar bons caminhos, trazer segurança no presente e o gaúcho e a gaúcha possam olhar para o futuro e saber que tem futuro.”

IPE Saúde
“O IPE tem duas questões. A primeira delas é a questão previdenciária. Trouxemos alguns especialistas para se debruçar sobre ela. Ela aparentemente está sob controle, mas, no longo prazo, pode ter problemas. Precisamos garantir o presente e o futuro. Toda a vez que a gente toma decisões no presente a gente afeta futuras gerações. E isso é algo que deve ser feito com muito cuidado e com muito equilíbrio.

Por outro lado, a questão que envolve o IPE saúde é dramática. O IPE Saúde, segundo dizem as Santas Casas e hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul, que atendem mais de 72% do SUS gaúcho, deve 1 bilhão e 400 milhões. Fico me questionando porque o atual governo mandou um projeto para a Assembleia Legislativa para transferir 500 milhões de reais para o Governo Federal, que não precisa do dinheiro, para fazer obras federais no Rio Grande do Sul? Na minha visão tem duas coisas: incompetência de gestão e, ao invés de resguardar atendimento do IPE fundamental para famílias e os próprios hospitais, o governo optou por um caminho que me parece contrário aos interesses dos gaúchos.”

Educação
“O Rio Grande do Sul tem um número muito triste: é o quarto estado do país com maior volume de evasão do ensino médio. Isso é algo muito grave. Acaba retirando dos nossos jovens a possibilidade de poder transformar as suas vidas através do trabalho. Tem que haver uma atenção muito especial na qualificação daqueles que hoje não tem oportunidade, mas nós temos que preparar não apenas o ensino médio, temos que melhorar a condição do nosso ensino básico e também a pré-escola. A educação infantil é o que eu trabalhei muito no Ministério da Cidadania e ela é vital para fazer com que a criança de família vulnerável ou de família carente possa chegar na primeira série do primeiro grau com a mesma condição de competição, de poder aprender, de desenvolver suas atividades cerebrais e cognitivas, que uma criança de classe média. Para isso tem programas importantíssimos, como o Criança Feliz, que o Ministério da Cidadania cuida hoje de mais de um milhão de crianças de 0 a 36 meses de idade. E o próprio Auxílio Brasil, que eu ajudei a escrever, que hoje uma mãe trabalhadora que está no programa e consegue um emprego de carteira assinada se não tiver creche, pré-escola ou jardim para os seus filhos, recebe 250 reais a mais no seu cartão para buscar uma creche ou pré-escola privada para deixar seu filho. Ou seja, a gente conseguiu avançar.”

Segurança
“Primeiro, o governante tem que ter respeito pela Brigada Militar, pela Polícia Civil, essas duas instituições mais a Polícia Penal e a Polícia Científica são instituições que o governante tem que mostrar para a sociedade que são verdadeiros heróis. Eles colocam diariamente suas vidas em risco para defender a nossa e das nossas famílias. Essa história que nós já tivemos aqui onde os policiais militares ou civis tinham que primeiro avisar pro bandido “sou policial e estou armado”, no nosso governo não. Se eventualmente for decisão do povo gaúcho, aqui é como eu já disse, as forças da Brigada Militar e da Polícia Civil vão conhecer um governador que vai estar ao lado deles e não contra eles. Vai estar ao lado da sociedade, porque é vital a segurança para que a gente possa viver o mais importante valor de uma sociedade livre, que é a sua liberdade. Se tu tem boa segurança pode usufruir melhor a tua vida. Pode permitir que teus filhos vão às ruas sem o risco de ficar rezando até que ele volte para casa. É a síndrome da chave, enquanto a chave não vira na porta, nem pai, nem mãe não dorme. Por outro lado, para que tu tenha investimentos, segurança, além de infraestrutura, é outro ponto importante, porque os  assaltos, os roubos, acabam trazendo um custo de operação para qualquer atividade econômica que é danoso.”

Privilégios
“Vamos ter que nos debruçar sobre isso. Primeiro quem tem que ser servidor é a sociedade. Quanto mais a gente puder economizar, controlar e evitar que haja desperdício de dinheiro público, mais a gente vai conseguir servir melhor a vida das pessoas. Melhorar a segurança, melhorar a educação, a saúde que é uma tragédia no Rio Grande do Sul. Precisamos e muito ter um esforço de inteligência, inovação e atendimento, principalmente para a população de baixa renda. As pessoas vão uma vez no posto de saúde, duas vezes, não tem problema resolvido, ela vai direto para o hospital. Todo esse aparato de atendimento básico de saúde, atendimento primário, não funciona. Isso precisa ser melhorado. (…) Todo e qualquer recurso que a gente puder economizar para poder atender a população é o que eu vou fazer. Coragem não me falta. Sempre fui conhecido como político que sempre teve posição clara e firme. Nunca ninguém me viu em cima do muro.”

Empreendedorismo
“Alguém que vai ao encontro do empresariado gaúcho, do campo e da cidade, do comércio e do serviço, do turismo e do agro, para ouvir. A mesma dedicação para criar cenários para melhorar a condição para o empreendedor gaúcho que nós fizemos no Brasil, nós vamos fazer aqui. Nós simplificamos, desburocratizamos. (…) O Rio Grande do Sul precisa de uma faxina. Tem regra demais e apoio de menos.

Durante os últimos governos, foram muito voltados para dentro da instituição Estado. Agora nós vamos sair de dentro do Palácio. Se quiserem me encontrar no Piratini vai ser segunda e terça de manhã. A partir de terça meio dia até o sábado é na rua, ou seja, é onde estiverem os problemas do Rio Grande do Sul. Conversar com os gaúchos. A gente não pode esquecer que a gente está no Sul do Sul, nossos mercados consumidores no centro do país estão distantes. Temos que ter um cenário que compense essa diferença logística pela nossa localização geográfica. Serão muitas as iniciativas no sentido de estimular os gaúchos.”

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