O conceito de Flair Play é muito claro: tratamento imparcial, equidade, conformidade com as regras estabelecidas de um esporte, jogo limpo. Estar em acordo com esse conceito vai muito além do que apenas cumprir os princípios do jogo, respeito pelo outro é valor essencial não só para o esporte, mas para vida. No futebol está mais ligado à ética ou como uma instituição valoriza a disputa em questão.
Nessa última quarta-feira (28), São Luiz e Grêmio disputaram em jogo único na cidade de Ijuí, a taça da Recopa Gaúcha. A competição foi criada em 2014 pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF), com objetivo de colocar frente a frente o campeão da Copa FGF e o campeão gaúcho. Uma forma de valorizar os times filiados e criar um “produto” atrativo para promover o interesse de pessoas, empresas e amantes do futebol.
O tricolor gaúcho protagonizou um péssimo exemplo de falta de Flair Play, que já começou antes mesmo da partida. O anúncio que o técnico Renato Portaluppi não viajaria a cidade de Ijuí e que também não jogaria a partida com sua equipe considerada titular são exemplos.
Mas ninguém que estava presente no estádio 19 de Outubro, poderia imaginar que o Grêmio determinaria que seus jogadores não ficassem em campo para receber a premiação pelo vice-campeonato da competição. Sem sombra de dúvidas foi a atitude mais incompreensível. Não existe justificativa para tal, e ainda pior do que a sua postura, que poderia ser justificada pelo calor do momento e pela decepção de uma derrota, é que até o presente momento ninguém da direção gremista veio a público falar sobre o fato. A única manifestação foi do auxiliar Alexandre Mendes, que justificou a atitude devido a possibilidade de brigas: “queríamos evitar confusão”.