
Bitello foi vendido para o futebol russo no mês de setembro. Créditos: Divulgação FC Dinamo
A passagem de Bitello pelo Grêmio foi marcante. Dentro de campo, foi um dos destaques da temporada de 2023, quando marcou nove gols e deu seis assistências. Em setembro, o jogador foi vendido para o Dínamo Moscou, por um montante de mais de 10 milhões de euros, o que representa mais de R$ 50 milhões. No entanto, parte desse dinheiro pertenceria ao Cascavel (PR), clube formador de Bitello que reclama de não ter recebido os valores referentes à venda.
Nesta segunda-feira (11), a reportagem da RDC TV conversou com o departamento jurídico do time, que revelou mais detalhes da reclamação e disse ter entrado com uma liminar para bloquear a premiação de mais de R$ 45 milhões a ser recebida em janeiro pelo Grêmio devido a conquista do vice-campeonato Brasileiro.
“Nós notificamos o Grêmio no mês de setembro após a ampla divulgação da negociação do Bitello. Houve uma notificação solicitando as informações dessa possível venda, já que a gente tem 30% dos direitos econômicos do Bitello. Como houve a divulgação da negociação, a gente achou por bem notificar o Grêmio para saber mais da negociação. O Grêmio não nos respondeu e em razão dessa inércia entramos com uma ação cautelar para ter acesso a informações sobre a negociação”, revelou o vice-presidente jurídico do clube, Bruno Domingues.
Bruno conta que a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), entidade ligada à CBF, determinou primeiro a apresentação dos documentos que envolviam a negociação, que deveria ser realizada até o dia 9 de novembro. Segundo o vice-presidente, após a apresentação da documentação, o pagamento não foi feito mesmo com o Grêmio já tendo recebido metade do valor da venda de Bitello. O time paranaense, então, entrou com uma ação de cobrança.
“Ingressamos com a ação, solicitando a cobrança, com um pedido de uma liminar para bloquear os valores que eles receberam do Campeonato Brasileiro, e agora a CRND deve julgar o pedido da nossa liminar”, disse Bruno.
O que o Cascavel solicita são 30% dos valores já recebidos pelo Grêmio da venda, que hoje giram em torno de aproximadamente 2,126 milhões de euros, com devidos descontos de eventuais comissões, impostos e taxas. O valor, segundo o clube paranaense, diz respeito à primeira parcela, de duas, já paga pelo Dínamo, e envolve também juros e multas pelo valor não repassado.
O departamento jurídico do Grêmio foi contatado para se manifestar sobre a cobrança, mas não houve retorno até o fechamento desta reportagem.