Nesta quinta-feira (12), Romildo Bolzan anunciou em coletiva que não irá concorrer ao cargo de governador do estado do Rio Grande do Sul. O presidente do Grêmio estava desde o início do ano sendo relacionado à disputa eleitoral e sua indecisão incomodou a torcida e conselheiros.
A resposta veio após uma carta, assinada por 50 conselheiros do clube, ter sido entregue ontem ao presidente do Conselho Deliberativo Carlos Biedermann exigindo uma decisão definitiva por parte de Romildo Bolzan. O presidente do Grêmio recebeu um convite do PDT para concorrer ao cargo de governador do estado e, toda vez que era questionado, não conseguia dar uma resposta definitiva sobre se iria deixar o cargo do clube ou não.
A postura do dirigente pegou muito mal publicamente quando somada ao momento que o clube passava. Após um amargo rebaixamento, boatos de que o presidente pensava em deixar o cargo incomodaram demais a torcida e criou um clima instável no Grêmio. Ao público, cada vez mais o vice Denis Abrahão passou a aparecer e a presença de Romildo no holofotes foi diminuindo.
Na coletiva, Romildo deixou claro que reconhece os problemas que sua indecisão causou ao Grêmio, mas afirma que o clube é seu único foco e que precisa o reerguer, se referindo à busca pela classificação na Série A:
“O Grêmio não foi só vitórias no nosso tempo, não foi o situações de gestão que teve êxito. Mas o Grêmio também teve tropeços e, nesse momento, o que há de mais importante é reconstruir o tropeço. O que está prevalecendo nesse momento é o nosso gremismo.”
A trajetória do presidente gremista na política é extensa. Já foi vereador, vice-prefeito e teve três mandatos à frente da prefeitura de Osório. Antes de ir para o Grêmio, chegou a ser presidente do PDT no Rio Grande do Sul durante sete anos. Agora, tem até dezembro a frente do comando do tricolor, quando acaba seu mandato.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA