Atletas brasileiros disputam, em Lima, no Peru, 49 das 61 modalidades da 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos. Deste total, 22 disputas podem garantir vagas diretas para competir nos Jogos Olímpicos ou somam pontos para o ranking que classifica para Toquio 2020. A delegação brasileira reúne o recorde de 486 atletas nas disputas em busca de medalhas. Os Jogos de Lima registraram o maior volume de competidores de forma geral: seis mil atletas de 41 países competem em 417 eventos de 38 modalidades ao longo de dezessete dias.

A expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é que o Brasil brigue pela segundacolocação no quadro de medalhas, assim como ocorreu na edição do Pan em 1963, na cidade de São Paulo. Na época, os brasileiros superaram o Canadá com um total de 52 medalhas: 14 ouros, 20 pratas e 18 bronzes. Os Estados Unidos lideraram a competição com 199 medalhas.

Entre os atletas com maiores chances de subir ao pódio estão onze medalhistas olímpicos: Mayra Aguiar e Rafaela Silva (judô); Rosângela Santos e Thiago Braz (atletismo); Arthur Zanetti e Arthur Nory (ginástica olímpica); Isaquias Queiroz e Erlon Souza (canoagem velocidade); Martine Grael e Kahena Kunze (vela); e Maicon Andrade (Taekwondo).

No atletismo, a delegação brasileira quer superar o fraco desempenho no Pan de Toronto, em 2017, cujo saldo se resumiu a duas medalhas. A equipe conta com 46 atletas entre homens e mulheres. As principais apostas estão concentradas em Darlan Romani (arremesso de peso), Alison Santos (400m com barreira) e Altobelli Silva (3000m com obstáculos).

A natação brasileira reúne a segunda maior equipe em Lima, com 35 atletas, entre homens e mulheres. A modalidade amealhou dez ouros nas últimas três edições do Pan (Rio de Janeiro, Guadalajara e Toronto). Entre os favoritos nas provas rápidas de nado livre estão Bruno Fratus (líder do ranking mundial nos 50m), Marcelo Chierighini (100m) e Fernando Scheffer (200m).  O brasileiro Guilherme Guido tem sido apontado como aposta na competição dos 100 metros da modalidade Costas. Nos 100m Peito, João Gomes e Felipe Lima também vão brigar por medalhas. Entre as mulheres, Etiene Medeiros vai à luta nos 50m Livre e nos 100m Costas.

Curiosidades

A delegação brasileira nesta 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos registra a maior igualdade de gêneros desde o início do evento. Dos 486 atletas, 236 são mulheres (48,5%) e 250 homens (51,5%). Em 1951, a primeira edição do Pan, em Buenos Aires, na Argentina, havia apenas 22 brasileiras entre os 179 inscritos. Nas últimas edições, a média histórica de participação feminina do Brasil – aproximadamente 34% – começou a subir. Nos Jogos de Guadalajara, em 2011, elas representavam 45%. Na última edição, em Toronto, somaram  47,6%.

O recordista brasileiro em jogos Pan-Americanos é o velejador Cláudio Biekarck, de 68 anos. O Pan de Lima será o décimo na carreira do atleta. Com nove medalhas conquistadas, Biekarck é o mais velho da equipe. Dois anos mais novo, o velejador Gunnar Ficker (64) também está na disputa pelo pódio. No encontro de gerações do Time Brasil também estão duas atletas de 15 anos: a esgrimista Victória Vizeu e a Bia Mantellato, do polo aquático.

As diferenças extremas também aparecem no quesito peso: a atleta mais leve é Nicole Duarte, da ginástica rítmica, com apenas 40 quilos. Darlan Romani, do atletismo, levou o título de mais pesado da delegação brasileira com 155 quilos. Quanto à estatura, a atleta mais baixa é Flávia Saraiva, da ginástica artística, com 1,45 metros. Na outra ponta, Felipe Roque, da seleção masculina de vôlei, é o mais alto do Time Brasil, com 2,12 metros.

Reportagem:  Cláudia Rodrigues (Esportes/TV Brasil)

Foto:  Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

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