O gol de Aragão em 1983 no empate de Palmeiras e Santos. Foto: GAZETA ESPORTIVA

O protagonista dessa historia foi o árbitro José de Assis Aragão. O lance inusitado aconteceu em 9 de outubro de 1983 na partida disputada por Palmeiras e Santos pelo Campeonato Paulista. O embate acabou empatado graças a participação direta do juiz em um lance de ataque do Alviverde já no final da partida.

Ele não era um atacante e também não vestia a camisa verde do Palmeiras. O homem que empatou o clássico no último lance da partida vestia preto e tinha em seus bolsos os cartões amarelo e vermelho. Em uma tentativa desesperada de empatar a partida, mesmo que em teoria esse jogo não valia nada além de cumprir tabela, o Palmeiras vai à área do Santos. Após o chute do jogador Jorginho, do alviverde, que ia em direção a linha de fundo, a bola encontra ao lado da trave direita do goleiro o juiz.  Ao bater de forma involuntária em Aragão, a bola acaba dentro do gol dos santistas, decretando o empate e ao mesmo tempo o final daquela partida.

Esse é, até hoje, o caso único no futebol do Brasil que se tem notícia, em que o juiz marcou um gol valido em uma partida de futebol, assim de forma direta mudou o resultado final de um jogo. Naquela época a regra não previa casos de interferência do árbitro no decorrer da partida, o juiz era considerado neutro e por tanto o jogo segue caso a bola tocasse no nele, estando ele parado ou em movimento. Diferente de hoje, em que a regra manda que o árbitro pare o lance e recomece com bola ao chão em favor da equipe que detinha a posse da bola.

Além das mudanças na regra, nos dias de hoje existe a tecnologia do VAR (Árbitro Assistente de Vídeo) que é uma ferramenta de auxílio na legitimação do resultado. Porém seu uso é feito por árbitros e essa é a grande questão. Pessoas que se utilizam dessa tecnologia para tomar decisões, dessa forma fica quase impossível afirmar que a ausência do VAR ou sua presença interfere no resultado de um jogo, tornando assim mais justo.

De qualquer forma vamos sempre estar falando do uso humano, tanto no campo, como na cabine do assistente, assim a falta de preparo, técnica e controle de emoções sempre vão estar presentes em cada uma das decisões, sejam elas a favor ou contra algum interesse. Isso é o principal elemento do futebol, o emoção a paixão que só os humanos são capazes de sentir.

Compartilhe essa notícia: