O ex-presidente do Internacional, Vitorio Piffero, e seu colega de diretoria, Pedro Affatato, foram condenados por estelionato, organização criminosa e, no caso do segundo, lavagem de dinheiro. Os dois dirigentes, que comandaram o clube entre 2015 e 2016, foram julgados na última segunda-feira (04/03) pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
Piffero foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pela soma dos dois delitos. Já Affatato recebeu uma pena de 19 anos e oito meses pelos três crimes. Ambos têm o direito de apelar da decisão judicial.
Além deles, três empresários da construção civil e da área contábil foram condenados por participação no esquema, que, segundo investigações, desviou mais de R$ 13 milhões dos recursos do clube naquela época.
Esta sentença recente, que se concentra no aspecto de construções, marca o primeiro desfecho relacionado à administração de Piffero no Inter. Outros processos, envolvendo questões ligadas ao futebol e outros aspectos do clube, continuam em andamento na Justiça e devem ser concluídos nos próximos meses.
O núcleo de obras
Investigações do próprio clube e também do Ministério Público indicam que o Inter, durante a gestão de Piffero, gastou cerca de R$ 9,9 milhões em obras dentro do complexo Beira-Rio, as construções não foram encontradas nas investigações. Além disso, foram confirmados saques feitos no mesmo período que chegam a R$ 18 milhões na tesouraria a título de adiantamentos — parte deles sem a devida comprovação da despesa.