Nesta segunda-feira, 23 clubes das Séries A e B do Brasileirão emitiram um comunicado oficial, expressando as condições que exigiam para assinarem os termos da LIbra, além de comunicar que nenhum representante desses clubes irá comparecer na reunião do dia 12 de maio, que ocorrerá na sede da CBF.
O novo bloco é formado por alguns integrantes do Forte Futebol junto de novos clubes apoiadores. São eles: América-MG, Chapecoense, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, CSA, Athlético-PR, CRB, Náutico, Coritiba, Criciúma, Cuiabá, Juventude, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Londrina, Operário, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova.
No documento, eles especificam parte de suas exigências. A maior delas, considerada o principal entrave nas discussões, é referente à divisão das verbas da Liga. Os clubes fundadores (os cinco de São Paulo e Flamengo) propõem uma divisão de receitas baseada em:
- 40% dividido igualmente entre os times
- 30% baseado na performance
- 30% parte comercial
A parte comercial engloba uma série de outros fatores, como o número de assinantes dos pacotes de streaming e engajamento nas redes sociais, de forma a premiar os clubes que supostamente estariam atraindo mais clientes para o campeonato. Por outro lado, o grupo opositor, justamente formado por times que teriam números da parte comercial menores, reivindicam um sistema que seja semelhante dos utilizados nas ligas europeias, que consistiria em:
- 50% dividido igualmente
- 25% baseado em performance
- 25% parte comercial
A diferença parece pequena, mas a proposta vai um pouco além. Ela bota limites entre as diferenças máximas nos valores entre o clube que mais receberia e o que menos ganharia, que seria inicialmente semelhante ao que acontece na Espanha (3,5 vezes). Além disso, exigem que 20% do valor referente aos direitos de transmissão seja distribuído entre os times da Série B.
Ainda na nota, alegaram que não irão participar da reunião agendada para quinta-feira (12) na sede da CBF. O encontro dos dirigentes tinha sido marcado justamente para aprofundar as discussões sobre os entraves nas negociações, já que muitos clubes foram pegos de surpresa no encontro do dia 03 de maio. Internacional e Grêmio ainda não tomaram partido entre os dois blocos políticos e devem participar da próxima reunião.
Foto: Cristiane Mattos/CBF