Um dos episódios aconteceu no jogo entre Aimoré e Hercílio Luz, pela Série D. Foto: Nícolas Wagner

Dois jogos de gaúchos pelo Campeonato Brasileiro, no último domingo, tiveram relatos de casos de racismo, que foram registrados em súmula. Os episódios aconteceram nas partidas entre Ypiranga e CSA, pela Série C, e Aimoré e Hercílio Luz, pela Série D.

No jogo do Canarinho, a súmula do árbitro Luiz Augusto Tisne relata que o mesmo foi informado, aos 37 minutos do 1º tempo, pelo meia Tomás Bastos, do CSA, de que este teria sido chamado de ‘macaco’ por uma torcedora do Ypiranga, localizada próxima à torcida organizada no Colosso Lagoa. O jogo foi paralisado por dois minutos para que a torcedora pudesse ser identificada pela Brigada Militar. Um Boletim de Ocorrência foi registrado.

Em nota oficial, o CSA “lamenta profundamente” o acontecimento. Além de frisar que deu todo suporte para Tomás, o clube também lembra de ações que promoveu contra o racismo, como a camisa dada a Celsinho, do Londrina, quando este sofreu com injúrias raciais em 2021. Por sua vez, o Ypiranga, ressalta a identificação da torcedora, que foi levada às autoridades para prestar esclarecimentos. Também frisa que o Departamento Jurídico do clube acompanha o caso e está à disposição das autoridades. Por fim, destaca que “repudia veementemente qualquer ato de discriminação”.

Já na partida do Aimoré, o árbitro Murilo Klein registrou na súmula que, antes da partida, o zagueiro Rafael Lima, do Hercílio Luz, foi chamado de “negão” por um torcedor do Índio Capilé, que não foi identificado. Após a partida, o atleta foi conduzido pela Brigada Militar para realizar Boletim de Ocorrência na delegacia de eventos esportivos.

O Hercílio Luz emitiu nota oficial lamentando o ocorrido, se solidarizando e afirmando prestar todo apoio a Rafael. Também lembrou que o Código Penal determina prisão de 1 a 3 para casos de injúria. O Aimoré não se manifestou oficialmente.

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