A Polícia Rodoviária Federal abordou um ônibus as margens da BR 116, na altura do município de Canoas, e flagrou 15 pessoas que estavam trabalhando e vivendo em situação degradante. Segundo as vítimas, o coletivo também era utilizado como moradia.
Durante a fiscalização, identificou-se que o veículo se encontrava em péssimas condições, não possuindo acentos e transportando os passageiros em péssimo estado, sendo sentados ou deitados em colchões sobre o assoalho ou sobre bancadas ao longo do corredor. Além disso, o veículo estava em situações precárias de higiene, com colchões, roupas, alimentos e produtos espalhados por todo canto.
De acordo com os trabalhadores, entre eles dois jovens de 15 e 16 anos, eram convencidos a vender massa de arear panelas nas ruas de várias cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, porém sem nenhum direito trabalhista, nem condições mínimas de higiene e saúde.
Diante da situação, a equipe aprofundou a busca e descobriu que já havia um pedido do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina à PRF para fiscalizar tal veículo e identificar ocupantes, já que havia uma denúncia de transporte de trabalhadores em situação análoga à escravidão.
O Condutor, o ajudante e todos os 15 trabalhadores foram encaminhados à Polícia Federal, em Porto Alegre, para registro da ocorrência. Já o ônibus foi removido por mau estado de conservação e mais de 160 quilos de massa recolhidos pela vigilância sanitária, tendo em vista que não possuíam registro e licença nos órgãos sanitários. Tudo isso ocorreu na manhã deste sábado, 04 de junho.
Foto: Divulgação / PRF