Foto: Danúbio Germano/RDC TV

Uma carga de um caminhão caiu da nova ponte do Guaíba e destruiu completamente o carro de um morador. O local é comumente utilizado pelas crianças do bairro para brincar e também para a passagem de moradores que se deslocam pela região.

Uma carga transportada por um caminhão despencou da nova ponte do Guaíba e esmagou completamente o carro de um morador da Vila Cobal no dia 30 de outubro, durante o segundo turno das eleições.

O acidente causou perda total no veículo que era utilizado como ganha pão do dono, que ate então era motorista de aplicativo.  As moradoras contam o medo que sentiram durante o ocorrido.

“Foi um caos, até cheguei a me arrepiar, porque eu achei que tinha crianças embaixo do carro, mas por sorte não havia ninguém”, relata a líder comunitária Janaina Gonçalves da Silveira.

“No momento que eu vinha do meio do beco de onde eu moro, tinha umas vizinhas sentadas e elas entraram (para dentro da casa delas), e nesse momento eu ouvi um barulho como se fosse um trem descarrilhando, aí o caminhão tombou e caiu tudo aqui na nossa rua”, conta a moradora da Vila Cobal e mãe do dono do carro, Rosângela Cabral dos Santos.

Estima-se que há cerca de 2 mil famílias morando no quarteirão.  E, desde 2014, os habitantes da região batalham para que sejam realocados em outro local.  “O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) vem aqui e disse que ia retirar todo mundo e deixar tudo lindo, mas esqueceram do povo. Nosso objetivo é a retirada das casas ou que eles tranquem a via até que consigam nos realocar”, reclama Silveira.

O cadastramento para a remoção de moradores começou na região da Ilha Grande dos Marinheiros e se estendeu para a comunidade em torno da Arena do Grêmio.  “As ocupações urbanas visitadas no âmbito da missão estão carentes de serviços públicos e isso é uma grave violação ao direito humano internacional”, pontua um relatório realizado em 2019 pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos do governo do Rio Grande do Sul sobre a situação dos moradores de comunidades da Zona Norte da capital.

Além disso, o documento ressalta que todas as pessoas têm o direito de morar sem o medo de sofrer remoção, ameaças indevidas ou inesperadas. 

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