Felipe Daroit – ASCOM DPE/RS

Trinta alunos negros matriculados em cursos de graduação de faculdades particulares de Porto Alegre foram beneficiados com bolsas de estudos no valor de R$ 1 mil mensais. A iniciativa decorre de acordo entre a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) e a empresa Vector Segurança, envolvida na morte de João Alberto, homem negro, nas dependências de uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre. O crime ocorreu em 2020 e o acordo foi firmado em novembro de 2021.

Os alunos escolhidos foram selecionados através de edital. Para receber as bolsas, eles tinham que ser negros, estarem matriculados em faculdades particulares da capital através do Programa Universidade para Todos (PROUNI), entre outros critérios.

Na tarde dessa segunda-feira, eles receberam orientações do responsável pelo acordo, defensor público dirigente do Núcleo de Defesa do Consumidor e Tutelas Coletivas da DPE/RS, Rafael Magagnin, de como se dará o processo. Os valores serão depositados ainda neste mês.

O prazo de duração do acordo é de cinco anos. Conforme os beneficiados forem se formando, outros estudantes que estão na lista serão chamados pela Defensoria Pública.

“Desde o princípio, quando ocorreu esse fato lamentável, nós percebemos que o principal eixo do nosso acordo deveria ser a educação. E agora estamos implementando bolsas para essas pessoas, que se habilitaram com a gente. Pessoas negras, estudantes, que vão poder continuar estudando, se dedicando aos estudos. Esse valor recebido mensalmente vai servir também como um incentivo para que elas sigam se preparando e obtenham a graduação.” comentou Magagnin.

Além do pacto que destina bolsas de estudo, a Defensoria Pública também firmou com a Vector Segurança um acordo, que está em andamento, para o fornecimento de cestas básicas aos moradores negros que moram na zona norte da capital.

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