Evidências científicas demonstram que há risco de transmissão da dengue por transfusão sanguínea | Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), juntamente com o Ministério da Saúde, emitiu uma nota técnica alertando para que pessoas que tiveram dengue ou que tomaram o imunizante contra a doença devem aguardar prazos específicos para poder doar sangue.

A Anvisa informou que evidências científicas demonstram que há risco de transmissão da dengue por transfusão sanguínea. Quando uma pessoa recebe sangue contaminado com o vírus, existe 38% de probabilidade de que ela seja infectada e desenvolva a doença após a transfusão.

Por este motivo e por precaução, pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina recentemente não podem doar sangue por um determinado período, de acordo com os critérios abaixo:

  • pessoas que tiveram dengue comum devem aguardar 30 dias após a recuperação completa;
  • pessoas que tiveram dengue grave devem aguardar 180 dias após a recuperação completa;
  • pessoas que tiveram contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias deverão aguardar 30 dias após o último contato sexual;
  • pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação.

Cuidados pós-doação

A Anvisa pede ainda que os serviços de hemoterapia orientem os doadores caso confirmem diagnóstico por dengue logo após a doação de sangue. O doador também deverá informar ao serviço caso tenha resultado confirmado de dengue ou sintomas da doença até 14 dias após a doação.

“A informação é necessária para que os serviços possam resgatar eventuais hemocomponentes em estoque e/ou acompanhar os pacientes, receptores do material”, explicou a agência.

Imunoglobinas não devem ser “misturadas” com vacina

A nota traz ainda que, conforme instruções dos fabricantes das vacinas contra dengue disponíveis no Brasil, pacientes que estão recebendo tratamento com imunoglobinas ou hemocomponentes contendo imunoglobinas, como sangue ou plasma, devem esperar pelo menos 6 semanas e, preferencialmente, 3 meses após o término do tratamento para tomar a vacina.

“O objetivo dessa recomendação é não comprometer a eficácia das vacinas nesses pacientes. A Anvisa incentiva a doação de sangue e recomenda que todos os brasileiros visitem os serviços de hemoterapia, conhecidos como bancos de sangue, para verificar se estão aptos a doar sangue com segurança. Dessa forma, podem ajudar a salvar vidas e praticar uma boa ação”, completou a Agência.

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