Dezoito apenados do regime semiaberto do Presídio Estadual de Lajeado estão trabalhando, desde segunda-feira (2/10), na triagem de doações recebidas após as enchentes do início de setembro. A atividade com mão de obra prisional é viabilizada por meio de um convênio entre a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a prefeitura de Lajeado. Contando com o apoio do Exército, a operação de separação e organização de roupas e calçados está concentrada nos pavilhões 2 e 3 do Parque do Imigrante, em Lajeado.
O convênio possibilita a contratação de até 20 pessoas dos presídios masculino e feminino de Lajeado e do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico da 8ª Região (IPME-8). No início de setembro, eram nove apenados empregados na prestação de atividades diversas. Agora, 18 estão atuando na recuperação da cidade, como limpeza das ruas. A fiscalização e a coordenação dos trabalhos estão sendo realizadas pela Defesa Civil de Lajeado.
De acordo com a delegada da 8ª Região Penitenciária da Susepe, Samantha Longo, a escolha dos presos em cumprimento de pena em regime semiaberto, com possibilidade de contratação, foi feita pela equipe do Presídio de Lajeado e encaminhada via autorização judicial ao município. Os apenados são buscados pela manhã, retornam ao final da tarde e pernoitam no anexo semiaberto.
“Estamos muito felizes com essa importante parceria com o município de Lajeado. Nossos apenados executaram no mês de setembro, mediante autorização judicial, um trabalho voluntário e de muita qualidade. Agora, seguirão executando as mesmas atividades de auxílio à comunidade e, ainda, com a oportunidade de contratação do serviço”, explicou Longo. “Isso é importante para que possamos alcançar aos privados de liberdade qualificação, inclusão social e, principalmente, uma forma de sustento”, ressaltou.
Após o processo de triagem no Parque do Imigrante, roupas e calçados são encaminhados para o Centro de Referência Vestir & Ser de Lajeado. O serviço da prefeitura recebe, higieniza e customiza as doações antes de destiná-las às famílias em situação de vulnerabilidade social, que podem escolher as peças desejadas em uma loja comunitária, sem custo. O mesmo formato também está sendo oferecido para as pessoas atingidas pelas enchentes.