Um avião com mais 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca aterrissou na manhã de hoje (23) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o imunizante da AstraZeneca, produzido pelo Instituto Serum, na Índia, vai passar pelos trâmites alfandegários em São Paulo antes de ser enviado ao Rio de Janeiro.
O material já está pronto para ser aplicado e será apenas rotulado na Fiocruz. A importação de doses é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz, com objetivo de acelerar a vacinação da população.
Mais 8 milhões de doses estão previstas pelo acordo com os parceiros AstraZeneca e Instituto Serum. O recebimento dos imunizantes ainda não tem data definida. Em janeiro, a Fiocruz já havia recebido 2 milhões de doses da vacina.
Produção local
Enquanto negocia a chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das vacinas Oxford/AstraZeneca. De acordo com o contrato com a farmacêutica anglo-sueca, a Fiocruz vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado.
A primeira remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março. Conforme a fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção.
Também está em andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção das vacinas. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
