Foto: Luís André Pinto/Secom

Uma semana após a passagem do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul, Caraá, um dos municípios mais afetados, reage ao episódio que devastou sonhos e a rotina da comunidade. Símbolo dos estragos causados pela enxurrada no Litoral Norte, a Escola Estadual de Ensino Médio Marçal Ramos, onde a água chegou a atingir 1,87 metro de altura, começou a receber, nessa sexta-feira, mais de 500 novos itens adquiridos pela Secretaria da Educação. São equipamentos, itens de mobiliário, kits de material escolar e livros para iniciar a recuperação do espaço e viabilizar o retorno dos alunos.

A entrega ocorreu com a presença da secretária da Educação, Raquel Teixeira, e da adjunta da pasta, Stefanie Eskereski. Raquel destacou que a escola de Caraá é uma das duas mais afetadas em todo o Estado, ao lado do Colégio Estadual Engenheiro Paulo Chaves, em Maratá, no Vale do Caí. Ambas estão com as aulas suspensas.

“Foram 88 escolas atingidas, mas aqui a situação foi muito particular porque, por ser o epicentro do ciclone, Caraá sofreu um impacto forte. Além da escola, as casas dos alunos, dos professores, das vice-diretoras, todas foram afetadas. Por isso é muito simbólico que possamos fazer aqui, uma semana após o ciclone, essa entrega de materiais para começar o processo de retorno das aulas”, disse.

Ao todo, a escola receberá 320 cadeiras e classes escolares, das quais 60 chegaram nesta sexta-feira, 420 kits com cadernos e material escolar para os alunos, sete computadores e 171 livros didáticos, além de outras peças de mobiliário e material de expediente.

A previsão da secretaria é de poder retomar as atividades na Marçal Ramos a partir da semana que vem, se as condições estiverem adequadas. Para buscar o retorno à normalidade, formou-se uma força-tarefa marcada por solidariedade, resiliência e afeto.

Nos últimos dias, quem passou em frente ao local constatou o empenho de professores e funcionários na limpeza e no restabelecimento do espaço. A rede elétrica também ficou comprometida e passa por reparos e pela revisão das 90 tomadas que foram atingidas pela inundação.

Desde o episódio da enxurrada, Caraá registrou só um dia de tempo firme e ensolarado, mas isso não impediu a comunidade escolar de seguir trabalhando para recuperar a escola, com apoio da Brigada Militar. Nessa sexta-feira em que uma chuva fina caiu praticamente ao longo de todo o dia, professoras e funcionários estavam munidos de vassouras, rodos e limpadores a jato para eliminar a lama, enquanto apoiavam uns aos outros.

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