Foto: Casablanca / Divulgação

Se Rick e Ilsa sempre terão Paris, nós sempre teremos Casablanca!

O que é necessário para tornar um filme um clássico? Se existe uma obra que consegue responder a esta pergunta, ela se chama Casablanca.

O maior romance da história do cinema já completou 80 anos e mesmo depois de toda essa existência ele segue sendo atemporal. Conquistando a cada ano que passa mais e mais admiradores, Casablanca passou no teste do tempo fazendo com que Rick e Ilsa sigam sendo conhecidos por novas gerações.

Lançado em 1942, durante a segunda guerra mundial, a película que tem como pano de fundo a história de amor de um casal que se conhece em Paris durante a invasão alemã na França possui uma história de bastidor bastante conturbada, quase não vendo a luz do dia. Rodado às pressas, com um roteiro que era escrito conforme o andamento da história, o filme só foi realmente lançado graças ao diretor Húngaro, Michael Curtiz, que na época já era um cineasta famoso e rodou o projeto nos galpões da Warner Brothers.

Tudo começa em 1940 com o mundo dividido entre aliados e forças do eixo por conta da guerra. Um americano que abandonou seu lar e se estabeleceu no Marrocos está prestes a reencontrar o seu grande amor. Rick Blaine (Humphrey Bogart) é dono da principal casa noturna de Casablanca, onde todos os tipos de pessoas passam para beber e jogar enquanto esperam e sonham com a oportunidade de voltar para seus respectivos países.

Foto: Casablanca / Divulgação

As coisas mudam quando um homem procurado pelos nazistas chamado Victor Laszlo (Paul Henreid) adentra o estabelecimento de Rick ao lado de uma linda mulher. A dama em questão foi a única pessoa que fez com que Rick se apaixonasse, mas infelizmente o final não foi feliz. Ilsa Lund (Ingrid Bergman) viveu momentos da mais bela felicidade ao lado de seu amado em Paris, mas o destino a fez optar por não seguir adiante, o deixando abandonado apenas com uma carta sendo lida na chuva enquanto o mesmo aguardava o trem para Marseille.

Anos depois ela reaparece para Rick, agora pedindo ajuda juntamente de seu marido, porém o amor ainda está lá mesmo que as coisas tenham mudado depois de tanto tempo. Victor é o homem mais procurado pelos agentes de Hitler, fazendo com que Rick não se negue a ajudá-los. Mas ele ainda precisa saber e entender o porquê de ter sido abandonado em Paris por Ilsa.

Para poder sair de Casablanca é necessário possuir um passe, ou seja, um importante documento que faz com que o passageiro possa embarcar no avião que ruma para Lisboa e na sequência para os Estados Unidos. Um recente assassinato acaba deixando dois  documentos livres, mais especificamente falando, com Rick. Apenas ele pode fazer com que Ilsa e seu marido voem para a liberdade.

Dentro do universo de Casablanca conhecemos personagens curiosos e cativantes que possuem um carisma tão forte que o espectador acaba se importando com cada um deles. O Capitão Louis Renault (Claude Rains) é um soldado que além de irônico e bem humorado se mostra um amigo para Rick, juntamente com Sam (Dooley Wilson), pianista da casa noturna de Rick responsável pela linda canção “As time goes by”.

Tudo isso faz com que Casablanca seja único e até hoje marcante mesmo sendo um filme octogenário. No final Rick acaba ajudando o casal a sair do país, mesmo apaixonado e ainda sentido por tudo que passou, ele opta pelo bem de Ilsa, que ainda leva consigo o mesmo sentimento de outrora por aquele que abandonou em Paris de maneira forçada.

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