No dia em que a Prefeitura de Porto Alegre ampliou a vacinação para mulheres acima de 36 anos, surge um alerta importante da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM): aquelas que fizeram a segunda dose do imunizante devem aguardar quatro semanas antes de realizar a mamografia.

O motivo para isso é que uma das reações comuns à vacina contra a Covid-19, bem como outras, é o surgimento de linfonodos na região das axilas, que podem ser confundidos como sinal de câncer de mama. Mas o efeito não é exclusivo dos imunizantes contra a o coronavírus. Outras vacinas, como a do sarampo e a da influenza, podem gerar a mesma reação.

A entidade explica que a vacina é a inserção de uma partícula que gera um processo inflamatório no organismo, podendo causar reação local e regional. Essa reação local, ligada à inflamação dos linfonodos, só é percebida horas após a vacinação, quando o local da aplicação fica vermelho, duro e inchado. Se a vacina é aplicada no braço, isso pode se refletir na axila ou na região cervical, surgindo “caroços” nessas regiões. É uma resposta normal do organismo, mas que acarretar em erros nos diagnósticos.

Portanto, a SBM destaca a importância de respeitar o intervalo de quatro semanas para evitar eventuais problemas nos exames de rotina. Se a paciente não puder esperar o tempo recomendado entre a vacina e a mamografia, deve informar ao radiologista e ao médico que a acompanha que recebeu a dose do imunizante.

 

Foto: Cristine Rochol/PMPA

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