Nesta manhã (21), a Polícia Federal e a Receita Federal, com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, realizaram a Operação  Egypto, que investiga instituição financeira que atua sem autorização do Banco Central.

O inquérito, deste caso, iniciou em janeiro de 2019. Os policiais receberam denúncias sobre a a atuação de uma empresa com sede em Novo Hamburgo que estaria captando recursos de terceiros, sem a autorização dos órgãos competentes.

O objetivo da empresa era investir no mercado de criptomoedas e ela assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.

Levantamentos da Receita Federal, apresentou que uma das contas da empresa teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. Os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

O inquérito também apura o envolvimento de de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas.

Ação contou com a participação de de 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal do Brasil e seis policiais civis para cumprir dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Porto Alegre (3), Novo Hamburgo (13), Esteio (1), Estância Velha (2), Campo Bom (1); Laguna (1) e Florianópolis (1) no estado de Santa Catarina e em São Paulo (3), capital paulista.

Além dos mandados, foram expedidas ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, de dezenas de imóveis e a apreensão de veículos de luxo.

A operação foi denominada Egypto pela similaridade dessa palavra com o termo “cripto” e pelo fato de que o negócio da empresa foi classificado por terceiros como de “pirâmide financeira”.

 

Foto: Divulgação Polícia Federal

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