
Agentes também atendem demandas emergenciais da Defesa Civil, BM, Polícia Rodoviária, Exército e organizações da sociedade civil. Foto: Alex Rocha/PMPA
Já são mais de 100 escoltas realizadas pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) desde o começo do evento climático que atingiu Porto Alegre, no dia 29 de abril. Com a demolição da passarela do viaduto da Conceição, finalizada na sexta-feira (10), agora as as equipes estão ainda mais empenhadas em garantir a segurança viária nos deslocamentos humanitários.
Além do acompanhamento de centenas de viagens de ônibus com resgatados para os abrigos cadastrados, diariamente os agentes atendem dezenas de demandas emergenciais solicitadas pela Defesa Civil, Brigada Militar, Polícia Rodoviária, Exército e organizações da sociedade civil. “Garantir o traslado com rapidez e segurança pelas ruas da Capital, neste momento de crise, é um desafio que faz parte da missão da EPTC, de salvar vidas”, afirma Vinicius Fachin Ross, gerente de Controle e Monitoramento da Mobilidade da EPTC, responsável pela regulação das escoltas no Centro Integrado de Coordenação de Serviços de Porto Alegre (Ceic-POA).
Entre os produtos de ajuda humanitária transportados com o acompanhamento dos agentes da EPTC, os mais solicitados são de insumos para a saúde, água, combustíveis, geradores e banheiros químicos.
Para coordenar a situação, uma central de escoltas foi organizada no Centro Integrado de Coordenação de Serviços de Porto Alegre (Ceic-POA), com intuito de dar agilidade aos atendimentos. Após uma triagem para a verificação de disponibilidade de rotas entre os municípios, as demandas são encaminhadas para os postos de controle avançado da EPTC que são responsáveis pelo deslocamento seguro das cargas e até de comboios de mantimentos. Na maioria das vezes o acompanhamento vai até o limite do perímetro urbano onde a responsabilidade é repassada para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ou o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), que dá sequência no atendimento.
Até a noite de sexta-feira os caminhões e veículos de abastecimento oriundos de outros estados que trafegavam na direção de Porto Alegre tinham que priorizar o deslocamento a partir de Osório pela BR-101 até Capivari do Sul e depois pela RS-040, ou pela RS-118 para entrar pela avenida Bento Gonçalves. Com a liberação do corredor humanitário construído pela prefeitura, os caminhões com altura de até 4,2 metros com suprimentos, veículos oficiais em serviço e ambulâncias passaram a ter um acesso mais rápido na chegada à Capital com a ligação entre a avenida Castelo Branco para o Túnel da Conceição, no Centro, em ambos os sentidos.
Os acessos pelas avenidas Assis Brasil, dos Estados e BR-116 permanecem bloqueados. As equipes de fiscalização, monitoramento, transporte e manutenção da EPTC seguem mobilizadas nas 24 horas do dia para orientar a população sobre os pontos de bloqueio, garantir a fluidez e segurança viária nos deslocamentos e resgates para ajudar a superar os impactos do desastre climático na cidade.