
Refeições serão feitas com itens dos estoques. Foto: Foto: Joel Vargas/PMPA
Em meio à grande crise climática que o Rio Grande do Sul vive, a partir desta quinta-feira (09), quatro escolas próprias da rede municipal de educação de Porto Alegre passarão a servir almoço a seus alunos: as instituições de ensino fundamental Lidovino Fanton (Restinga), Nossa Senhora do Carmo (Restinga) e São Pedro (Lomba do Pinheiro) e a de educação infantil Santo Expedito (Rubem Berta).
Na mesma linha, a partir de sexta-feira (10), outras duas escolas de educação infantil da Restinga se somam a este grupo: Paulo Freire e Dom Luiz de Nadal. Os almoços preparados com alimentos do estoque das escolas serão disponibilizados apenas para alunos regularmente matriculados nestas unidades.
O secretário municipal de educação, José Paulo da Rosa, explicou sobre a decisão, em pronunciamento à prefeitura. “Sabemos que as escolas são uma referência de apoio às comunidades, sobretudo aos alunos. Então, nas unidades menos atingidas pelas enchentes, definimos iniciar este serviço de nutrição, que é indispensável. Nós iremos ampliar o número de escolas prestando este serviço, de acordo com a possibilidade de cada unidade”, destacou.
Sobre os pratos a serem servidos, a nutricionista e coordenadora da Unidade de Alimentação Escolar da Smed, Sara Bortoluzi falou que foram feitas adaptações. “Elaboramos um cardápio adaptado para esta semana com os gêneros que as escolas possuem no estoque e com os alimentos que vêm de outras unidades com condições de abastecimento. “A partir desta sexta, buscaremos junto aos nossos fornecedores a entrega de gêneros perecíveis e não perecíveis. Mesmo que muitos dos fornecedores também tenham sido duramente atingidos, iremos buscar comprar emergencialmente esses itens”, afirma.
Quatro escolas próprias de ensino fundamental estão atuando como abrigo emergencial para moradores de áreas atingidas: Aramy Silva, Elyseu Paglioli, Jean Piaget e Grande Oriente do Rio Grande do Sul. Além do acolhimento e alimentação, está sendo disponibilizado apoio por uma equipe de mais de 50 psicólogos e assistentes sociais da Associação Brasileira de Educação, Saúde e Assistência (Abess), parceirizada da prefeitura, responsável pelo programa Incluir + POA.