O ex-governador José Ivo Sartori recebeu, na última terça-feira (19), a distinção máxima da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a Medalha do Mérito Farroupilha. A proposição é do deputado estadual Carlos Búrigo (MDB).

Secretário da Fazenda da gestão Sartori, em Caxias do Sul, e do Planejamento, no Executivo gaúcho, Búrigo ressalta o papel do ex-governador na história do Estado, e a importância do reconhecimento. “Homenagear Sartori é valorizar uma trajetória de sucesso e de conquistas que marcou o RS em diferentes momentos. Uma trajetória marcada pela coragem de dizer a verdade e romper paradigmas que nos conduz para um futuro com mais igualdade e desenvolvimento, e que, em todos os momentos, priorizou a simplicidade e o contato direto com a população”, lembra o parlamentar.

A Medalha do Mérito Farroupilha é destinada a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Rio Grande do Sul. A condecoração foi criada em 1995. O acesso ao evento não necessita agendamento.

 

Legado
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB), disse que o ex-governador deixa como principal contribuição política a certeza de que o Estado pode ser mais moderno e mais eficiente. “Com o seu jeito simples e conhecendo a realidade dos gaúchos, o Gringo deu início a uma reestruturação do papel do Estado e da sua necessidade de atender às demandas que a sociedade possui nos dias atuais”, sintetizou.
Gabriel considera que Sartori deixa um legado de responsabilidade e compromisso social, “com senso de realidade e resgate do verdadeiro sentido do que possa ser o interesse público”. “Celebramos hoje a honestidade, a verdade, a simplicidade e a resiliência.”, pontuou, lembrando que o ex-governador rompeu com “a cultura do gigantismo estatal, das promessas demagógicas e da envelhecida ideia de que o Estado tudo pode”.
A atuação do ex-governador, segundo Gabriel, mostrou que o Estado deve estar simétrico com a sociedade de seu tempo. “Embora tenha sido mais um governo que passou pelo Palácio Piratini, foi o primeiro governo que enfrentou essa questão e apresentou as soluções visando a atualizar o Estado para o século XXI”, declarou, frisando que o governo Sartori inaugurou uma nova agenda política, ancorada na busca pelo equilíbrio fiscal,  modernização da máquina pública e rediscussão do tamanho e das funções do Estado, com ênfase no debate sobre privatizações, concessões e parcerias público-privadas.
Agradecimentos
Emocionado, o ex-governador agradeceu a homenagem citando muitos dos amigos e correligionários que prestigiaram a cerimônia. Sartori afirmou que recebeu a honraria não como decorrência de mérito, mas do propósito que sempre norteou sua trajetória. “Uma vida pública só tem sentido se for para transformar a realidade das pessoas, especialmente, das que mais precisam”, pontuou.
Ele afirmou ainda que sua passagem pelo Palácio Piratini foi um período de aprendizado em que preferiu a “dureza da verdade do que a doçura da mentira embalada por palavras”. “Sabíamos que o caminho das mudanças estruturantes não se sustentaria com o marketing, mas com trabalho e o propósito que miramos lá na frente.”
Trajetória
José Ivo Sartori foi governador do Rio Grande do Sul entre 2015 e 2018, eleito com 3,8 milhões de votos (61,2% do total). A frente do Estado, trabalhou para reduzir o déficit público e aumentar investimentos na segurança, infraestrutura e áreas sociais.
Em 1976, concorreu pela primeira vez e foi eleito vereador em Caxias do Sul pelo MDB, partido ao qual pertence até hoje. Entre 1983 e 2002, exerceu cinco mandatos consecutivos no Parlamento gaúcho. Durante o governo de Pedro Simon, comandou a Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social, entre 1987 e 1988, quando, entre outras ações, atuou como mediador no conflito que ganhou o nome de A Revolta de Guajuviras, em Canoas.
Em 1998, foi presidente da Assembleia Legislativa, quando assumiu o governo do Estado em duas ocasiões. Em 2002, elegeu-se deputado federal. Foi prefeito reeleito de Caxias do Sul, entre 2005 e 2012.
Sartori é formado em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), foi professor universitário dessa disciplina, além de ter lecionado História, Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira.

Fonte: MDB/RS e Secom ALRS
Foto: ALRS/Divulgação

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