| Lívia Rossa |

Os mundos da inovação e da técnica jurídica parecem não se misturar, mas para o escritório Slap Law, de Porto Alegre, as diferenças não são um empecilho. Com assessoria jurídica voltada para o empreendedorismo e para a tecnologia, quatro sócios buscam aliar conhecimento técnico do Direito com um conceito mais moderno de escritório.

A empresa nasceu após os sócios identificarem que um dos grandes problemas para que ocorresse a continuidade dos trabalhos das startups era a falta de estruturação do negócio. Segundo o co-fundador Gustavo Sudbrack, muitas vezes existe um produto ou serviço que poderiam ser promissores, mas que a falta de planejamento jurídico vira um entrave para o crescimento da empresa.

Na sequência, os outros problemas costumam ser a falta de maturação do produto ou serviço, a ausência de inovação do negócio, a falta de capital para investimento e, por fim, mas não menos importante, o desalinhamento entre os sócios.

“Nossa abordagem pretende ser mais próxima e proativa. Buscamos provocar o cliente e sugerir mudanças, cria uma jornada e um cronograma de atuação”, afirma Sudbrack.

Ainda de acordo com o advogado, o modelo evita que a empresa entre em negócios sem estar bem preparada e evita a perda de contratos dos próprios clientes, descartando riscos de os empreendedores não receberem aporte ou aquisição por parte de outras empresas.

A fim de atender as demandas dos clientes, Sudbrack diz que o Slap Law apostou em uma metodologia de governança corporativa para startups, tendo, inclusive, registro da marca.

Estão inseridas no método as etapas de categorização do negócio, diagnóstico (empresa iniciante), startup (empresas que já estão operando, porém, crescendo aos poucos) e participação dos sócios. A assessoria jurídica busca, principalmente, analisar integralmente e de forma cronológica os documentos de cada empresa, visando atender com o melhor modelo de negócios e buscando ter uma cadência na produção por meio da gestão de contrato a contrato.

“Muitas vezes a empresa já existe e foi fazendo vários contratos ao longo do tempo com advogados diferentes. Como queremos ser parte do processo, não só como um serviço jurídico, mas de entrega de valor, tentamos crescer junto da empresa”, afirma o advogado.

Assim, com olhar “holístico”, Sudbrack atenta para a importância de o escritório não ser visto apenas como mais um custo, mas um serviço complementar que modifica a estrutura presente em escritórios tradicionais de advocacia como os profissionais que apenas “apresentam o problema e vendem a solução”, completa.

 

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