Marcelo Langon – fotógrafo

Por: Jennifer Casagrande

Todos os anos, de julho a novembro, as águas do litoral norte gaúcho recebem visitas das baleias-francas. O pico da aparição é o mês de setembro. Esta espécie tem a cor preta e pode ter manchas brancas na parte ventral e dorsal e também machas cinza nas costas. Neste mês de setembro, o publicitário e fotógrafo que é apaixonado por baleias, Marcelo Langon, avistou uma raridade no mar entre Tramandaí e Capão da Canoa: um filhote albino de baleia franca.

“Encontrar um filhote albino é muito raro. eu encontro um a cada dois, ou três anos em média”, afirmou Marcelo que há 19 anos fotografa baleias. Lagon conta também que as vezes passa o dia na beira da praia correndo atrás das baleias, esperando o melhor momento, porque a ação acontece em poucos segundos.

A especialista em baleia francas e diretora de pesquisa do PROFANCA (Projeto Franca Austral), Karina Groch, explicou o motivo das migrações das baleias francas e também destacou a raridade de encontrar um filhote albino.

“As baleias são uma espécie migratórias. Elas migram entre áreas de alimentação e reprodução. As áreas de alimentação são localizadas próximo a região Antártica, onde elas ficam durante o verão se alimentando adquirindo energia na forma de gordura. Durante o inverno, especialmente as fêmeas que estão grávidas, elas vem  para o litoral sul do Brasil para o nascimento dos filhotes. Por ano, de 60 filhotes de baleias francas, apenas um nasce albino. Mas neste ano está sendo registrado uma ocorrência acima da média, em função de ter mais baleias frequentado o nosso mar”, afirmou a diretora.

A cor do filhote albino vai mudando com o tempo, mas mesmo assim ele continua diferente do grupo das tradicionais baleias francas.

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