Divulgação: InternetSul

A Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet lançou a Campanha Poste Limpo, ação para eliminar o acúmulo de fios e cabos nos postes das cidades brasileiras. O movimento, que começa pelo Rio Grande do Sul, terá seu primeiro Dia D no dia 20 de junho, em Erechim, no Noroeste gaúcho.

Conforme dados do Ministério das Comunicações, há cerca de 60 milhões de postes no Brasil, e destes, 25% têm superlotação ou sobrecarga de cabos, fios e outras estruturas que disputam em torno de 60 centímetros disponíveis nos pontos estratégicos de cada poste.

Segundo Alexandro Schuck, presidente da InternetSul, o intuito da Campanha é criar uma cultura de não acúmulo e de melhor uso dos postes, nos provedores de Internet, nas concessionárias de energia elétrica, outros prestadores e na sociedade. Isso evitará a poluição visual e os riscos à segurança e saúde que o problema causa, podendo gerar acidentes.

Um dos principais entraves para um melhor uso dos postes está, hoje, no preço cobrado pelas concessionárias para compartilhamento com os provedores de Internet e Telecom. “O valor precisa ser revisto. Somos mais de 20 mil empresas com SCM no Brasil, mas o preço cobrado pelas concessionárias é muito maior do que o recomendado pela Aneel e Anatel na resolução conjunta de 2014”, afirma Schuck.

GRAVIDADE DO PROBLEMA

“Normas técnicas desatualizadas, preço excessivo pela ocupação dos postes, demora na aprovação de projetos, falta de comunicação ou comunicação ineficiente para fins de manutenção dos postes, bem público do poste tratado como bem particular, regras de mercado aplicadas em contratos de compartilhamento que tem natureza de servidão administrativa e a gestão inadequada do espaço do poste são alguns deles”, cita Schuck.

Para um cenário equilibrado, o presidente acredita que, além do preço justo para o ponto de fixação, a escolha de uma gestora de postes por localidade e a revisão de norma técnica para permitir mais espaços regulares para provedores são essenciais.

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