Através da Operação Alfarrábio, a Polícia Civil cumpre nesta terça-feira (24),  16 mandados de busca e apreensão, sendo sete pedidos de prisão preventiva. Os suspeitos são acusados de associação criminosa e extorsão.

A investigação que combate o “Golpe dos Nudes” teve início dentro das  casas prisionais do Estado, após apreensão de anotações nas Penitenciária Estadual do Jacuí, Penitenciária Estadual de Canoas III e Colônia Penal Agrícola. As buscas ocorreram em  Alvorada, Canoas, Viamão, Erechim e Charqueadas. A operação, que teve apoio do efetivo que atua na Penitenciária Estadual do Jacuí, contou com a participação de 30 policiais civis e 35 policiais militares.

 

Conforme o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), os apenados mantinham informações como nome das vítimas, contas bancárias e até mesmo um roteiro de falas, perguntas e respostas utilizados para extorquir contatos através da internet.  As investigações da Operação Alfarrábio continuam e os suspeitos podem ser indiciados pelos crimes de extorsão e associação criminosa, de acordo com suas participações nos fatos apurados.

 

 

O Golpe dos Nudes

O crime conhecido como “Golpe dos Nudes” consiste, inicialmente, com o envio às vítimas de solicitações de amizade por redes sociais de mulheres jovens e atraentes para homens, geralmente de meia idade. Num segundo momento, via whatsapp, compartilham fotos íntimas, que serão utilizadas na extorsão.

A vítima, então, passa a receber ligações dos supostos pais da menina e/ou de falsos policiais civis (agentes e delegados de polícia), que o acusam de pedofilia, sob a alegação de que as fotos são de uma criança ou adolescente. Na extorsão, os ditos “familiares” exigem valores para não denunciarem a vítima à polícia ou identificando-se como delegados, a exigência é para arquivar os supostos inquéritos.

Os golpistas, em alguns casos, reproduzem o ambiente de uma Delegacia de Polícia, com banners, camisetas, armas e insígnias da Polícia Civil, todas falsas, com intuito de dar veracidade ao golpe e conseguir extorquir o valor exigido das vítimas.

 

 

 

 

Fonte: Deic/Polícia Civil
Imagens: Polícia Civil / Reprodução

 

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