| Ana Cláudia Capellari |
O governador Eduardo Leite anunciou durante transmissão ao vivo nesta sexta-feira (19) que a cogestão regional será retomada no Estado a partir de segunda-feira (22).
A decisão foi tomada após uma reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e associações de prefeitos de todo o Estado.
Conforme Leite, a restrição das atividades não essenciais continuará das 20h até às 5h. Os supermercados poderão receber clientes até às 22h, um acréscimo de duas horas no que estava sendo feito até então. Farmácias, segundo o governo, não tem restrição de horário no recebimento de clientes, desde que haja distanciamento.
Os restaurantes, bares e lanchonetes poderão funcionar até às 18h. Após às 22h, estes estabelecimentos só poderão atender com o serviço de delivery.
Aos fins de semana e feriados – em especial o da Páscoa, em 4 de abril – as atividades não essenciais não devem abrir.
O governo, segundo anunciou Leite, vai oferecer recursos para que os municípios reforcem as estruturas de fiscalização das medidas.
O governador destacou que a retomada de algumas atividades econômicas ocorre por causa das dificuldades financeiras enfrentadas por empreendedores e trabalhadores. “O auxílio emergencial do governo federal não será suficiente para atender toda a população”, destacou. “É preciso ter bom senso,
Na cogestão, os gestores dos municípios poderão adotar protocolos da bandeira vermelha. Nesse sentido, os prefeitos poderão também optar por restrições intermediárias ou manter os limites da bandeira preta. Cada região poderá fazer ajustes nos protocolos e definir medidas convenientes e apresentar para o governo.
Pelo Twitter, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, disse que o anúncio do governador “não é cogestão”. Melo ainda reclamou que as decisões do governador Leite são feitas “sem consulta prévia”. “Entre as incoerências, o ônus em repassar para os municípios a fiscalização sobre as regras impostas pelo Estado, sem consulta prévia”, argumentou.
O anúncio feito pelo governador não é Cogestão. Por isso, amanhã estarei reunido com nossa equipe discutindo as medidas que serão tomadas em POA. Entre as incoerências, o ônus em repassar para os municípios a fiscalização sobre as regras impostas pelo Estado, sem consulta prévia.
— Sebastião Melo (@SebastiaoMelo) March 19, 2021
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini