A paralisação dos funcionários da Carris começou já na madrugada desta segunda-feira (23) e, segundo os manifestantes, não tem hora para acabar. Nesta manhã, funcionários e o próprio presidente da Carris, Maurício Cunha, recebeu o grupo de protestantes, que totalizava cerca de 200 pessoas.
Também estava presente no ato o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre, Sandro Abbáde, que lembrou que a votação do projeto está na pauta do dia na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. E ressaltou: “Desestatização é pior do que privatização”.
Já a prefeitura da capital vem trabalhando desde as primeiras horas da manhã de hoje para minimizar o impacto da paralisação da Carris. Para não deixar a população desassistida, a prefeitura, por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), promoveu um esquema especial de transporte, onde foram remanejados veículos de outros consórcios de ônibus para atender as linhas da Carris.
O prefeito Sebastião Melo se manifestou em suas redes sociais e classificou a paralisação dos rodoviários como inoportuna e acrescentou que “acontece justamente no momento em que a cidade busca retomar a normalidade. Ainda há muita gente desempregada e aqueles que possuem salário em dia, às custas do erário público, cruzam os braços”. No entanto, Melo concordou em receber os representantes do Sindicato dos Rodoviários no Paço Municipal nesta tarde, às 16h, para mais uma rodada de conversas.
Ao todo, estão sendo utilizados 59 veículos. Todas as linhas da Carris estão circulando. A T11 e T12 são atendidas pelo Consórcio Viva Sul; T1 e T4 pelo Consórcio Mob; T6 e 343 pelo Consórcio Via Leste/Mais; e as demais pela própria Carris, por ônibus que saíram da garagem. As lotações foram liberadas a circularem com passageiros em pé no interior dos veículos.
Serviço
Mais informações sobre a situação do transporte coletivo, atualizadas em tempo real, pelo twitter @EPTC_POA.
Foto: Paulo Nunes / RDCTV