Até o momento, foram encontrados 80 animais mortos ou doentes. Foto: PMP-BS / IPeC / Agência Petrobras

Na noite da última sexta-feira (6/10), o Rio Grande do Sul confirmou a detecção de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamífero aquático na praia do Hermenegildo, no município de Santa Vitória do Palmar, no Litoral Sul. O diagnóstico foi positivo em um leão-marinho da patagônia e em um lobo-marinho sul-americano, ambos resultados foram enviados para a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

O aparecimento dos animais foi registrado na última quarta-feira (4/10), sendo o atendimento feito por fiscais agropecuários estaduais, em parceria com especialistas do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande, que se deslocaram ao local para realizar a coleta do material e após enviar ao laboratório.

O Rio Grande do Sul já registrou três casos registrados, sendo esse o segundo foco encontrado em mamíferos aquáticos na costa litorânea do Estado. Considerando o verificado em maio, na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), que já foi encerrado, após evidências epidemiológicas e coletas negativas.

Ressalta-se que as notificações não alteram a condição sanitária do Estado e do país e que não há registro da doença na avicultura comercial.

Até o momento, foram encontrados 80 animais mortos ou doentes, sendo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos na praia do Cassino, em Rio Grande; 29 leões-marinhos e 25 lobos-marinhos em Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar; dez leões-marinhos nos Molhes da Barra de São José do Norte; um leão-marinho na Praia Real, em Torres; e cinco leões-marinhos em Quintão.

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) está atendendo a todas as notificações que são registradas e dando suporte e alinhando as ações necessárias junto aos municípios. “Nossa maior recomendação, neste momento, é que as pessoas não se aproximem e nem mexa em animais marinhos que forem encontrados nas praias gaúchas. A influenza é uma doença viral altamente contagiosa que, no contato com o animal sintomático, pode haver a possibilidade de contágio de humanos”, ressalta.

Avise se encontrar animais com sintomas

Todas as suspeitas, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou do WhatsApp (51) 98445-2033. O canal funciona sete dias por semana, 24 horas por dia.

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