Foto: Polícia Civil/Divulgação

Após três meses de investigações, a Polícia Civil deflagrou a Operação Por Fora, para apurar denúncias de que médicos estariam cobrando valores extras para o atendimento a pacientes conveniados do IPE-Saúde. A ação, coordenada pela 1ª e 2ª Delegacias de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), cumpriu seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Bagé e Cachoeira do Sul. Também foi solicitada a suspensão da atividade profissional de dois médicos.

De acordo com a Polícia Civil, entre os materiais probatórios da investigação estão comprovantes de depósitos bancários, via PIX, diretamente para as contas dos profissionais.

Há relatos de pacientes que tiveram suas cirurgias condicionadas a pagamentos que variavam de R$ 1 mil a R$ 9 mil. Alguns pacientes contraíram empréstimos para terem condições de efetuar o pagamento e terem seus procedimentos médicos realizados. Na maioria dos casos, o pagamento era feito em dinheiro, na própria clínica, ou diretamente para os médicos.

Ainda conforme a investigação, para justificar as cobranças, os médicos usavam diversos argumentos, como o pagamento de instrumentos operatórios, pagamento de anestesia, aluguel de sala de cirurgia, etc. A prática é vedada aos profissionais, havendo, inclusive, expressa disposição em instrução normativa do IPE nesse sentido, considerando a conduta passível de descredenciamento.

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