Foto: MPRS/Divulgação

Estava previsto para esta quinta-feira (21) o júri de cinco homens denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo terrível assassinato de Alice Beatriz Paines Araújo, de um ano, Douglas Araújo da Silva, 29 anos, e Sabrine Paines Rodrigues, 24 anos, ocorrido em 2018, na zona norte de Porto Alegre. No entanto, o julgamento foi cancelado devido a um “estouro de urna”, causado pelo número insuficiente de jurados. Uma nova data foi marcada para o dia 23 de novembro deste ano na 3ª Vara do Júri da Capital.

O promotor de Justiça Octavio Cordeiro Noronha, responsável pelo caso, explicou que, devido à complexidade do julgamento envolvendo cinco réus, cada advogado tinha o direito de recusar até três jurados, além da Promotoria, o que resultou na impossibilidade de formar um conselho de sentença com sete jurados.

Antes do sorteio dos jurados, o promotor havia solicitado a separação do júri para evitar o “estouro da urna”, mas as defesas não concordaram. A ideia era realizar o julgamento de quatro réus e adiar o quinto para uma data posterior.

Além dos cinco acusados cujo julgamento foi cancelado, há um sexto acusado que está preso e responde em um processo separado, sem previsão de julgamento. Todos os seis réus enfrentam acusações de três homicídios triplamente qualificados – motivo torpe, perigo comum e uso de emboscada e recurso que dificultou a defesa das vítimas – além de associação criminosa. No caso de um dos crimes, também há agravante devido à morte de uma criança menor de 14 anos.

A denúncia do MPRS descreve o evento trágico que ocorreu na noite de 23 de setembro de 2018, quando as vítimas estavam comemorando o aniversário de um ano de Alice. Ao saírem do local da festa de carro, foram perseguidos e interceptados por outros dois veículos. O carro das vítimas foi alvejado por diversos disparos de arma de fogo, incluindo fuzis e pistolas, resultando na morte de todos os ocupantes.

A investigação apontou que o crime foi motivado por desavenças relacionadas à disputa pelo tráfico de drogas, com Douglas sendo o alvo devido a sua associação com uma facção rival à dos agressores. Ele já tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas e estava foragido quando foi morto.

Compartilhe essa notícia: