| Alice Ros |

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje (13) que o cronograma de vacinação contra Covid-19 terá início ainda em janeiro. A informação foi divulgada durante uma coletiva de imprensa em Manaus (AM), onde Pazuello apresentou um balanço das ações dos governos federal e estadual para combater o vírus no estado. A data consolidada, porém, não foi informada. Em dezembro, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, indicou que a vacinação poderia começar em 20 de janeiro.

“Vamos vacinar em janeiro. A vacina induz à produção de anticorpos, mas isto não acontece no dia seguinte. A literatura [médica] fala em 30 a 60 dias. Não é tomar a vacina no dia 20 e no dia 22 estar na rua fazendo festa”, alertou o ministro, que reforçou a necessidade de intensificar as medidas de distanciamento controlado. “Todo mundo deve estar focado em salvar vidas. Cada um no seu papel. Se o papel da pessoa é se prevenir para não ficar doente, tomar seus cuidados, manter o afastamento social, este é o papel dela”, disse.

O ministro também garantiu que as doses da vacina devem chegar simultaneamente em todos os estados. “A vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados, na sua proporção de população”, reiterou Pazuello.

Em relação ao número de vacinas, Pazuello disse que um avião buscará hoje 2 milhões de doses do imunizante produzido pela Universidade Oxford na Índia. A previsão é de que as vacinas cheguem ao país até dia 18 de janeiro. Porém, de acordo com o ministro, as doses podem estar disponíveis já no dia 16. O pedido para importação das doses da vacina, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi aceito pela Anvisa em 02 de janeiro.  

“Hoje decola o avião para ir buscar as 2 milhões de doses na Índia. É o tempo de viajar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto. Data de decolagem [da Índia ao Brasil] para o dia 16”, declarou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agendou para domingo (17) a reunião da Diretoria Colegiada para dar os pareceres sobre os pedidos de uso emergencial das vacinas da Fiocruz e do Instituto Butantan contra a Covid-19. A data marca o penúltimo dia do prazo estabelecido pela Anvisa para analisar os pedidos.

De acordo com Pazuello, ainda em janeiro, o governo contará com 8 milhões de doses de dois tipos de vacina contra a Covid-19: 6 milhões de doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e dois milhões de doses da vacina de Oxford importadas da Índia. A aplicação será autorizada a partir da liberação da Anvisa.

“Quando a Anvisa concluir a sua análise de segurança e eficácia, três/quatro dias depois, nós estaremos distribuindo a vacina no Brasil. Ponto. A Anvisa vai se pronunciar no dia 17″, afirmou Pazuello.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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