| Carlos Eduardo Netto |
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou os resultados para o trimestre móvel de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021. O número de desocupados, que são àquelas pessoas que não tem nenhum tipo de trabalho, bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012.
No período, 14,4 milhões de pessoas foram registradas como desocupadas. O crescimento é de 2,9%, ante o trimestre anterior. O número representa um aumento de 400 mil pessoas. A elevada fica ainda maior quando comparado ao mesmo período de 2020: 16,9%.
Em contrapartida, a taxa de ocupação ficou estável em 48,6%, o mesmo nível do trimestre anterior. Em relação ao período de 2020 houve um recuo de 5,9 pontos percentuais.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, destaca que, apesar da estabilidade, o Brasil não conseguiu criar um número significante de postos de trabalho – o País registrou uma queda de 7,8 milhões de postos em um ano.
“Embora haja a estabilidade na taxa de ocupação, já é possível notar uma pressão maior com 14,4 milhões de pessoas procurando trabalho. Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas”, comenta.
A PNAD Contínua é uma pesquisa que mostra resultados trimestrais sobre a flutuação da força de trabalho brasileira. E, anualmente, são demonstrados dados sobre temas estruturais relevantes para a compreensão da realidade brasileira
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