Foto: Pixabay

Desconforto ao fazer atividades físicas e dores no peito são sinais de alerta. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o número de internações por ataque cardíaco subiu mais de 150% em quatorze anos no Brasil.

Foi com uma sensação de engasgo, coração acelerado e falta de ar que, com apenas 17 anos, Jéssica Marquezotti teve seu primeiro princípio de infarto. A jovem conta que precisou mudar seus hábitos e se tornar uma pessoa mais saudável. “Quando eu soube que tava tendo possivelmente um princípio de infarto, eu disse: oi? Até tu entender que toda a tua rotina tem que mudar, tu tem que mudar alimentação por um tempo, tem que fazer exercícios físicos, tudo muda”, conta a social media.

Dentre os sintomas que merecem uma atenção maior, os médicos destacam a presão alta, o diabetes, tabagismo e também colesterol elevado. A chefe da Unidade de Cuidados Coronarianos e Cardiovasculares do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, doutora Carisi Polanczyk, explica que a genética precisa ser levada em consideração, principalmente nos mais jovens.

“Especialmente pessoas que tem uma história familiar de problemas cardíacos em pessoas jovens. Então a gente costuma identificar aqueles que tem pai, mãe, irmãos que tiveram problema antes dos 60 anos de idade. Então isso sim é um sinal de que essa pessoa tem que se cuidar mais”, acrescenta.

As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte entre homens e mulheres no Brasil. A doutora Carisi revela ainda que o frio extremo aumenta as chances de infarto. “Existe uma vasoconstrição, a nossa pressão tende a subir, então pessoas que são hipertensas podem ficar mais hipertensas e os nossos batimentos – até para manter a nossa temperatura corporal também tende a aumentar. Então é o momento de maior consumo e que em pessoas com problemas do coração pode desencadear alguma complicação relacionada ao frio”.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, os dados gaúchos não foram diferentes da média nacional. Entre 2013 e 2022, houve um crescimento de 61% no número de internações.

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