Foto: Marcos Azevedo

Um projeto social em Alvorada ajuda crianças e adolescentes através do Jiu-Jitsu. O projeto criado no ano passado usa o esporte como ferramenta para formar atletas e cidadãos melhores. 

O Caminho do Sabiá foi criado em 2021.  O projeto foi estabelecido após um amante do esporte ter ganho um sorteio de um carro no Instagram.  Na época, ele percebeu que poderia fazer muito mais pelo esporte e por outras pessoas se vendesse o veículo e doasse o dinheiro. 

Deus falou muito forte comigo e disse que esse valor não era para mim, mas sim para ajudar outras pessoas, aí depois da pandemia eu resolvi investir e abrir esse projeto. Inicialmente, eu doei o dinheiro do carro para outro projeto de Jiu-Jitsu, mas ainda tinha sobrado um pouco, então resolvi abrir o Caminho do Sabiá”, explica o criador do projeto, Igor Oronha de Souza.

Ao todo, são cerca de 80 alunos participando no projeto, que é totalmente gratuito para crianças e adolescentes. O criador começou o Caminho do Sabiá como uma paixão pelo esporte e pela formação de cidadãos melhores.

As aulas do Caminho do Sabiá acontecem três vezes por semana, no período da manhã e da tarde. (Imagem: Marcos Azevedo)

“O Jiu-Jitsu pra mim não representa só uma arte marcial, mas sim respeito, humildade. Tu não aprende para sair batendo nas pessoas, tu aprende com respeito e isso mudou a minha vida”, relata a aluna Kaylane Fonseca de 11 anos de idade.

Para o fornecimento de alimentos e material para a prática do esporte, o Caminho do Sabiá conta com o apoio de parceiros e da comunidade que acredita na força do projeto.  Com a arrecadação financeira é possível realizar as aulas em dois turnos durante três dias por semana e contratar os professores. 

“Quando eu tinha a idade deles eu comecei no Jiu-Jitsu, mas nunca me apareceu a oportunidade dar aula para as crianças. Aí me indicaram para trabalhar aqui. Pra mim, esse projeto é a realização de um sonho, eu não dou aula aqui todos os dias, mas quando eu faço, eu sempre venho motivado. O pessoal aqui é uma galera cativante, sem maldade e a gente tira eles da rua, ocupa eles e dá uma razão para eles virem para cá”, conta o professor de Jiu-Jitsu, Carlos “Cadu” Eduardo.

Além das aulas, o projeto também leva os alunos para torneios com o objetivo de desenvolver o espírito esportivo por meio da competição. 

“Algo que hoje em dia eu amo fazer, eu não faço porque é algo midiático, mas sim porque eu amo estar no tatame, é onde eu tiro a minha raiva, é onde eu tenho a minha liberdade e fazer aquilo que eu gosto”, diz um dos primeiros alunos da iniciativa, Taylor Gabriel.

Mesmo com apenas 14 anos de idade, o aluno Arthur Latrone já sonha alto. “A minha meta é tentar chegar à faixa preta e ser campeão mundial. Eu também quero ser muito rico para investir tudo aqui no projeto”.

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