Polícia Civil cumpriu mandados em Imbé. Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou a 4ª fase da Operação La Lumière em Imbé, com o objetivo de combater crimes de exploração sexual infantojuvenil. A ação, coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (1ª DPCA) de Porto Alegre, teve como alvo três locais na cidade na manhã desta terça-feira (04). As investigações tiveram início na primeira fase da operação, que revelou casos chocantes envolvendo crianças vítimas de exploração sexual. Confira os detalhes dessa operação.

A primeira fase da Operação La Lumière identificou a existência de três irmãs, com idades de 8, 10 e 12 anos, que eram submetidas a crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e pornografia infantil. A investigação apontou que o suspeito atuava com o consentimento da mãe das menores, acertando valores em dinheiro para cometer os abusos. Ambos estão presos preventivamente.

Buscas em Imbé visam a coleta de mais provas

Na atual fase da operação, a Polícia Civil realizou mandados de busca e apreensão em três locais em Imbé. O objetivo foi buscar mais elementos para as investigações, concentrando-se nas residências das facilitadoras dos crimes cometidos pelo suspeito principal. A ação contou com a participação de nove policiais civis e seis peritos especializados em informática do IGP. Equipes de delegacias locais prestaram apoio durante a operação.

As fases anteriores da Operação La Lumière revelaram evidências encontradas nas residências do investigado. Na primeira fase, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais, medicamentos controlados e possíveis dopantes, além de outros acessórios que denotavam a preferência do suspeito por crianças.

Foram encontrados também aparelhos celulares e notebooks com históricos de conversas com a mãe das vítimas. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos com a ajuda do Instituto Geral de Perícias, resultando na apreensão de eletrônicos, celulares e computadores com conversas dos envolvidos e comprovantes de pagamento via Pix.

Prisões e busca em outras localidades

Na segunda fase da operação, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha. As buscas ocorreram nas residências de duas mães envolvidas no caso. Uma das mães, uma influenciadora digital de 26 anos residente em Cachoeirinha, foi presa preventivamente.

A outra, uma estudante de enfermagem de 23 anos residente em Alvorada e mãe de duas meninas, vítimas de abuso com idades de 1 ano e 3 anos e meio, também foi detida. As crianças foram abrigadas e estão agora sob a guarda dos pais e da avó materna. Ambas as investigadas já haviam prestado serviços ao suspeito principal como “digitadoras”.

A terceira fase da operação, realizada em Porto Alegre, revelou que uma mãe de 25 anos contava com o apoio de sua própria mãe para a prática dos crimes. A investigada foi presa preventivamente e sua filha de 3 anos foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no CRAI-IGP por equipes do Conselho Tutelar.

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