Causa e efeito

O economista Paulo de Tarso Pinheiro Machado, que já presidiu a CEEE, definiu a privatização do braço de distribuição: “É a crônica de uma morte anunciada.” Entre inúmeras circunstâncias que pioraram a situação, citou: “Quando parte da empresa foi vendida em 1997 por 3 bilhões e 100 milhões de reais, o governo não se conteve. De imediato, retirou 2 bilhões e 700 milhões de reais do caixa da estatal para pagar dívidas da Secretaria da Fazenda, entre as quais os salários do funcionalismo público. Meses depois, sacou mais 445 milhões de reais. Não tinha o direito de fazer isso. Eram valores para serem investidos na modernização da empresa. O dinheiro nunca mais voltou para a empresa.”

A manifestação ocorreu quarta-feira à noite, durante o programa Cruzando as Conversas, da RDC TV, apresentado por Guilherme Macalossi.

Sentido contrário

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, surpreendeu deputados federais em vídeo-reunião, quarta-feira, ao afirmar que medidas sanitárias, como o isolamento social e o uso de máscaras, devem ser adotadas imediatamente pela população brasileira a fim de frear o aumento exponencial da curva de transmissão da Covid-19 no País.

Entra na contramão e vai se chocar com seu chefe.

Barreiras

O professor Cezar Roedel, colunista de Conjuntura Internacional, publicou:

“O principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul, a Argentina, temendo o avanço de uma segunda onda com cepas mais infecciosas, já estuda a restrição de entrada de brasileiros no país. Não somente a Argentina, mas outros países da região têm enxergado o Brasil como uma grande ameaça sanitária. O país que mais tem avançado na região, na imunização em massa, tem sido o Chile, que vem se preparando, desde 2020, com a compra das vacinas, caminho do qual o Brasil se afastou.”

Não se consegue deter

O médico Paulo Niemeyer, um dos mais renomados neurocirurgiões do país, declarou ontem ao jornal O Dia, do Rio de Janeiro: “Nenhum sistema de saúde do mundo é eficaz diante de uma pandemia como a que vivemos”.

A Nova Zelândia é uma exceção.

Índice baixo

A Nova Zelândia fica distante 12 mil quilômetros do Brasil. O país do sudoeste do Oceano Pacífico, formado por duas ilhas principais, teve uma das mais baixas taxas de vítimas da Covid-19. Com população de quase 5 milhões de habitantes, houve o registro de 2 mil e  497 infectados e 26 mortes.

Isolamento obedecido

O fato de a Nova Zelândia ser uma ilha e razoavelmente isolada ajudou no sucesso, mas isso não teria acontecido sem a liderança firme da primeira-ministra Jacinda Arden, que foi reeleita com votação avassaladora em outubro do ano passado. Ela não hesitou em fechar o país quando necessário e, acima de tudo, manteve comunicação direta com os cidadãos, dia a dia.

O que ajudou

A população entendeu e ajudou. A Nova Zelândia é um dos países mais desenvolvidos do mundo, e que se posiciona muito bem em comparações internacionais sobre desenvolvimento humanoqualidade e esperança de vidaalfabetizaçãoeducação públicapazprosperidade, liberdade, facilidade de fazer negócios, ausência de corrupção, liberdade de Imprensa e Democracia.

Impulso

A  Assembleia realizou ontem a primeira reunião do ano para tratar dos projetos do Cresce RS. O foco se concentra na geração de emprego e renda. Participaram o presidente do Legislativo, deputado Gabriel Souza; o diretor do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, Eduardo Krause, e representantes dos demais órgãos que integram a iniciativa.

Mudança

 A nova secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, assumiu ontem, disposta a dialogar com todas as categorias profissionais e com a Imprensa.

 

Tentará mais uma vez

Salim Mattar, dono da maior locadora de automóveis da América Latina, foi nomeado ontem consultor não remunerado para projetos estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. No começo do governo Bolsonaro, Mattar assumiu o cargo de secretário especial de Desestatização. Em agosto do ano passado, pediu demissão,  insatisfeito com o ritmo das privatizações. Sofreu boicotes de burocratas de terceiro escalão, interessados em deixar tudo como está. Foi demais para o empresário muito bem sucedido.

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