Coloração é feita de forma manual. Foto: Paula Tavares/RDC TV

Tradição passada de mãe para filha, o artesanato na cultura das tribos kaingangs perpetua um a prática centenária. Cipó e taquara são materiais naturais usados para a confecção dos objetos comercializados na feira da Páscoa Indígena. Cestas, pequenos baús e decoração são alguns dos itens vendidos. A coloração é feita de forma manual, em panelas com água quente.

São esperados 400 indígenas na feira para produzir os materiais. Eles se deslocaram de diversas cidades do interior do estado. A maior parte vem da região da Terra indígena da Serrinha, que engloba 4 municípios: Ronda Alta, Engenho Velho, Três Palmeiras e Constantina.

Além de oferecer para a população, produtos artesanais e diferentes da maioria dos produtos que são comercializadas nas grandes lojas, a feira também resgata a tradição do trabalho manual e a identificação de outros povos originários que se veem representados através do movimento da tribo kaingang.

“Eu enquanto indígena, sou indígena Ticuna da Amazônia, me sinto muito representada por esses indígenas, meus parentes, que vem pra cá para trazer a sua arte, a sua espiritualidade por meio de uma ação econômica, importante para a população indígena”, destacou a coordenadora da Unidade de Povos Indígenas, Imigrantes, Refugiados e Direitos Difusos da SMDS, Kate Lima.

O evento acontece até o dia 09 de abril no Parque Harmonia, e nos dias 25 e 26 de março na Orla do Guaíba, próximo à estátua da Elis Regina. Os valores dos itens variam entre 10 e 80 reais, apenas dinheiro é aceito como forma de pagamento. Após o encerramento da feira, os grupos retornam para suas cidades.

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