Todos os dias assistimos avanços de uma determinada agenda que promove o rompimento de certos consensos. Uma nova linguagem, a tal “não binária”, a alteração de alguns personagens, por exemplo: o próximo 007 será mulher, e o filho do super homem bissexual. Por trás de tudo isso, há uma estratégia política, compreendida desde Júlio Cesar, (o Imperador Romano quando na sua luta contra os Gauleses): dividir para governar. Assim se estabelece uma visão maniqueísta: os favoráveis e os contrários; os bons e maus; os empáticos e os egoístas; os preconceituosos e os liberais.

Modernamente este movimento nasceu na década de 60 quando o progressismo adotou o que se chama hoje de pautas identitárias. José Guilherme Merchior, um intelectual brasileiro, embaixador, já falecido, chamou isso de “neossocialismo”. Grupos que se articulam em coletivos, empunhando bandeiras, e que sustentam que qualquer posição que não advenha da dialética estabelecida nesses grupos, é autoritarismo.

Se o modelo de economia de mercado venceu a primeira batalha (a do século XX), e até a China comunista o pratica (de forma mais selvagem que o mais selvagem modelo capitalista), agora a nova luta da esquerda, a “revolução”, dar-se-á pela cultura.

Essa tática é resultado da aplicação prática de um objetivo estratégico. Todo o pensamento intelectual produzido na academia ao longo dos últimos 80 anos, especialmente nos países ocidentais, é de matriz marxista. O direito – Foucault, a filosofia – Marcuse, a linguística – Chomsky, a história- Hobsbaum, são intelectuais que influenciam profundamente a construção da nossa sociedade. Por trás desses, a teoria de Antônio Gramsci serviu de amalgama.
É isso que estamos assistindo hoje em dia, a partir da crítica desses intelectuais, a reengenharia da sociedade, e a partir do ensinamento de Gramsci, o modo de execução ou de implantação desse ideário.

A isso se opõe o conservadorismo, ideário que defendo, e que não é contra mudanças, nem contra avanços, senão que compreende que não se constrói uma nova realidade destruindo as bases sobre as quais a civilização ocidental foi erguida.

Invariavelmente, revoluções descambam para a violência, e da violência para o terror. Roger Scruton ensina que conquistas civilizacionais levam muito tempo para serem alcançadas e podem rapidamente se perder.

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