| Alice Ros |
A pesquisa Epicovid-19, liderada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ganhou duas novas etapas. O estudo analisa a prevalência da Covid-19 no Rio Grande do Sul e mobiliza uma rede de 12 universidades públicas e privadas do Estado.
O anúncio da renovação foi feito nessa quinta-feira (28), em transmissão do governo estadual pelas redes sociais. A Epicovid19 é uma parceria da UFPel com o governo do Estado e conta com financiamento do programa Todos pela Saúde, do Banrisul, do Instituto Serrapilheira, da Unimed Porto Alegre e do Instituto Cultural Floresta.
Além dos procedimentos já realizados pelos pesquisadores, como testes rápidos e entrevistas para coleta de dados, as fases devem contar com o chamado teste S-UFRJ, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esse tipo de teste apresenta alta sensibilidade e estabilidade de 92%, podendo detectar anticorpos mesmo após cinco meses da infecção. Os testes rápidos, por outro lado, demonstram grande queda de sensibilidade para identificar anticorpos após três a quatro meses da infecção.
As próximas etapas começam no dia 05 de fevereiro e seguem até 08 de abril.
Em entrevista ao Portal RDC (29), a epidemiologista Mariângela Silveira, integrante da equipe de cientistas da UFPel que coordena a pesquisa, explicou que os novos testes resultam em um diagnóstico mais exato. “As etapas vão ser um pouco diferentes. Além do teste rápido, nós vamos coletar sangue para fazer um exame sorológico. Nós teremos o resultado em aproximadamente 15 dias”, disse.
“O exame sorológico estabelece a prevalência com mais certeza. Ele tem muito menos falsos negativos do que o teste rápido”, justifica a pesquisadora.
A pesquisa segue o mesmo formato das demais. Primeiro, entrevistadores coordenados pelo Instituto de Pesquisa e Opinião (IPO) visitam as casas de 4,5 mil famílias em nove cidades gaúchas (Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Pelotas, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana). Os moradores são convidados a fazer os testes e responder a um breve questionário sobre ocorrência de sintomas.
De acordo com Mariângela, cada família tem um integrante sorteado para participar da coleta de testes. Caso o mesmo tenha resultado positivo, os demais familiares também serão testados.
Confira a entrevista completa clicando aqui.
Foto: Cristine Rochol / PMPA