A terceira oficina temática do Plano Diretor debateu na noite de segunda-feira (22), medidas eficazes para a preservação dos imóveis considerados patrimônio cultural da cidade, sob a perspectiva dos custos para manutenção aos proprietários. No encontro, do qual participaram cerca de 90 pessoas de forma presencial e on-line, os inscritos discutiram sobre as melhores sugestões para o tema, ligado ao eixo Patrimônio Cultural.
As propostas focaram na apropriação e valorização dos bens históricos da cidade e no incentivo fiscal para a preservação. Também foi sugerida a criação de novos programas voltados a essa conservação. A maioria dos participantes decidiu que, dentre todas as sugestões, a mais adequada para a cidade é a de criar benefícios adicionais, além dos já existentes, para os imóveis protegidos, garantindo outros incentivos reais e imediatos para promover a preservação dos bens.
Sob a ótica técnica, o arquiteto e ex-secretário municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro e ex-presidente do Instituto Pereira Passos, Washington Fajardo, e o arquiteto mestre na área de Patrimônio Cultural, professor da Uniritter e presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico Cultural de Porto Alegre, Lucas Volpatto, palestraram, destacando a importância de desmistificar o patrimônio cultural como algo intocável e o uso desses espaços de forma a equilibrar preservação e economia.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm, compreende a importância da valorização do patrimônio histórico alinhado com o avanço urbanístico da cidade. “É um momento de reflexão para evoluirmos no processo de proteção dentro do Plano Diretor, mas com sustentabilidade econômica para garantir a efetiva preservação”, afirma.
Quarta Oficina
Com 450 pessoas inscritas até o momento, as oficinas temáticas do Plano Diretor prosseguem durante esta semana, debatendo o futuro da cidade. Nesta quarta-feira, 24, o tema mobilidade e transporte será tratado com o professor em administração pública e economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pesquisador associado no departamento de estudos urbanos e planejamento do MIT e consultor a curto prazo do Banco Mundial, Ciro Biderman.