A suspeito é de que o próprio Detran tenha denunciado o funcionário | Foto: Polícia Civil / Divulgação

A Operação Kynos, deflagrada nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil, prendeu um servidor público preventivamente por fornecer informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) a uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na Zona Leste de Porto Alegre – ele é um dos alvos da operação. Até o momento, quatro pessoas foram presas.

Foram realizadas buscas na sede do Detran-RS, na rua Washington Luiz, no Centro Histórico da Capital, e nas casas dos suspeitos. As diligências também ocorreram em Canoas e no sistema prisional, em Charqueadas, onde um detento comandava o esquema.

A suspeito é de que o próprio Detran tenha denunciado o funcionário. De acordo com a PC, ele atuava a mando da organização criminosa para legalizar veículos irregulares. A instituição apura o envolvimento dele em crimes de falsificação de documentos públicos e particulares, clonagem de automóveis, violação de sigilo profissional e estelionato.

Conforme o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, o Detran está colaborando de forma efetiva com o trabalho da PC.

Os agentes cumprem oito mandados de busca e seis ordens de prisão preventiva.

A ofensiva é fruto de 15 meses de investigações, coordenadas pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Deic, coordenada pelo delegado Max Otto Ritter. A suspeita é que o funcionário do Detran-RS tenha fornecido informações privilegiadas e senhas ao grupo criminoso.

De acordo com o delegado, o esquema seria coordenado por um detento na Penitenciária Estadual do Jacuí (Pej). Conhecido como Cris ou Alemão, ele foi alvo de novo mandado de prisão preventiva.

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