Ressalta o ofício: “Tendo em vista não apenas se tratar do único hospital deste Município (e que esta doença é de tratamento de nível hospitalar), como também por não haver outro lugar para receber casos graves de infecção por covid-19 (já que há 15 dias não conseguimos que o Estado regule nossos pacientes, conforme exemplo em anexo), e já que não possuímos condições de ampliação extraterritorial – o que torna extremamente necessário que o hospital, prestador de serviços contratado pelo Município, coopere com a regulação local, de acordo com o previsto no inciso III, do artigo 9º, da Portaria 1.559/2008 do Ministério da Saúde”.
Ainda conforme o documento, “as estruturas municipais de retaguarda extraordinárias disponibilizadas pelo Município junto aos serviços de urgência/emergência e atenção básica igualmente enfrentam sobrecarga, e não irão cessar seus atendimentos, pois enquanto houver uma porta aberta, ainda haverá esperança para todos os que necessitam. Entendemos a situação em que se encontra o Hospital e sua equipe. O momento é de inegável instabilidade, haja vista que o Estado passa pela maior crise sanitária das últimas décadas. No entanto, todos prestamos juramentos à sociedade, seja pela profissão escolhida, seja por se encontrar em uma função pública direta ou indireta. É hora de continuarmos demonstrando, com todas as nossas energias, que o juramento prestado em tempos de calmaria não morre em situações adversas, quando são mais necessários”.
A Prefeitura finaliza sua manifestação pedindo que a direção do Hospital Dom João Becker busque soluções para ampliar a sua capacidade: “Indicamos que a Irmandade adote todas as medidas necessárias para ampliar sua capacidade de absorver pacientes (inclusive intensificar a transferência de pacientes internados no HDJB para suas dependências em Porto Alegre e arredores), bem como para qualificar o atendimento, melhorando as condições de permanência dos pacientes a seu cuidado, ficando o Município à disposição para execução das formalidades exigidas.
O ofício também é assinado por todo o corpo técnico da SMS: o secretário adjunto, Reisson Ronsoni dos Reis; o diretor técnico médico, Alessandro Lindner; coordenadora da Vigilância em Saúde, Vanessa Prates; coordenador da Urgência e Emergência, Leonardo Machado; e a diretora do DAHA, Patrícia Silva da Silva.
Na tarde desta terça-feira, 16, o prefeito Luiz Zaffalon convocou para uma reunião online as principais autoridades dos diversos setores da sociedade: Justiça, Brigada Militar, Acigra, Sindilojas, entre outros. “Vamos pensar juntos a situação da nossa cidade, porque a Viemsa já nos sinalizou com a necessidade de um lockdown, ou seja, fechamento de todos os estabelecimentos, ficando somente o necessário, como supermercados e farmácias”, antecipou o prefeito.
Fonte: Prefeitura Municipal de Gravataí
Foto: Divulgação/Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre