
Mais de 1,4 milhões foram atingidos pela enchente. Foto: Alex Rocha/PMPA
Em meio a enchentes e a um dos maiores desastres climáticos que atingem o Rio Grande do Sul, o Programa TEAcolhe, do governo do Estado, está realizando orientaçãoes para pais, cuidadores e equipes de trabalho sobre os cuidados com pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) atingidos pelas enchentes. Nesta quarta-feira (08), foi publicado um folder informativo, junto ao governo do Estado, sobre a situação.
Como muitas famílias atípicas tiveram de sair de casa e se dirigirem para abrigos, o momento desperta uma atenção necessária a mais para os autistas. Para eles, a mudança da rotina e o aumento dos estímulos causados por sirenes, ambulâncias, aviões e helicópteros podem causar crises de choro, gritos, xingamentos, agressividade e autoagressão. Movimentos repetitivos e tremores também podem aumentar.
Nessa situação, é importante que voluntários e profissionais de educação, assistência social e saúde que estão atuando nos abrigos tenham o conhecimento necessário sobre o manejo mais adequado com autistas, que têm prioridade no atendimento.
Segundo o Governo do RS, para identificar uma pessoa com TEA deve-se observar o comportamento, se há repetição de palavras ou frases fora de contexto. No caso da criança, há uma tendência a brincar sozinha e, diferentemente de outras, a apresentar movimentos repetitivos com o corpo.
De modo geral, é comum a busca por se isolar, a pouca expressão facial e a ausência de contato visual. Alterações sensoriais, como sensibilidade à luz e sons e recusa a comer certos alimentos ou a sentir determinados cheiros também são sinais de autismo. Na abordagem, é preciso repetir comandos e aguardar, com paciência, o tempo de a pessoa processar a informação. Deve-se evitar contato físico.
Durante a permanência no abrigo é importante criar momentos de interação com atividades divertidas, com jogos e brincadeiras. Algumas dicas de ações lúdicas e pedagógicas que podem ser desenvolvidas são contação de histórias, rodinhas de conversas, mímicas, caça ao tesouro, circuito de obstáculos e adivinhar qual a palavra está num papel colado na testa, entre outras.
Também é essencial que profissionais e redes de apoio forneçam suporte às famílias e trabalhem junto delas.
As orientações foram disponibilizadas pelo Governo do Estado, em seu site.


