Uma quadrilha especializada no roubo de veículos, sobretudo utilitários esportivos, conhecidos como SUV, foram alvos de uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil na manhã  desta quinta-feira em Porto Alegre. A maior característica eram os vídeos, os criminosos faziam vídeos de celular onde ostentavam armas dentro dos carros levados das vítimas, além de produzirem fotos até com armamento pesado.

A investigação é realizada pela Delegacia de Roubos de Veículos (DRV) do Deic, sob comando do delegado Rafael Liedtke. Houve o cumprimento de sete ordens judiciais, entre mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão, nos bairros São José (no Morro da Cruz), Azenha (no condomínio residencial popular conhecido como Carandiru) e Praia de Belas (no Beco do Guaranha).

Dois bandidos investigados foram presos durante a ação, sendo um na vila Planetário e o outro no bairro Mário Quintana. Um deles já havia sido detido três vezes por roubo de veículo, sendo que o último assalto ocorreu em janeiro deste ano. Houve a apreensão de drogas, carregadores de pistola calibre nove milímetros, entre outros objetos. “Eles clonavam os veículos roubados e passavam adiante, vendiam…”, resumiu o titular da DRV.

Conforme o delegado Rafael Liedtke, os investigados tinham alguma informação privilegiada também sobre os alertas e, por isso, decidiram abandonar o Porsche em uma rua da Capital. Já o Volvo foi deixado em um local específico para verificar se estava sendo rastreado para, depois, um receptador o buscar. Mas isso não foi possível, porque a polícia agiu rápido, localizou e recuperou os dois automóveis.

– Além disso, a gente acionou a vítima e conseguiu acompanhar o trajeto dos ladrões via celular do médico, através de sinal de GPS. O sinal avançava gradativamente pela BR-101 rumo a São Paulo — diz Liedtke.

Os agentes da delegacia apuraram que a quadrilha atacava sempre vítimas com um mesmo padrão: geralmente aquelas saindo ou entrando nos veículos em determinados locais e as que mexiam em telefones celulares de dentro de carros estacionados. Em quase todos os casos, elas foram ameaçadas de morte e tiveram armas de fogo apontadas para o rosto. Os suspeitos vão responder por roubos de veículos, porte ilegal de armas de fogo, associação criminosa armada, receptações de carros roubados e adulteração de sinais identificadores.

 

Compartilhe essa notícia: