Passados 50 dias desde o apagão dos dias 12 e 13 de fevereiro, que gerou perdas estimadas por diretores de milhões em pesquisas e equipamentos na universidade federal do Rio Grande do Sul, a instituição ainda necessita de um levantamento sobre o caso.
Apesar de uma comissão ter sido criada já na época para averiguar os motivos que levaram à interrupção da energia no campus do vale e quantificar os danos, nenhum relatório foi divulgado até então. O motivo do problema foi a ruptura de dois cabos subterrâneos durante uma obra de escavação feita pela cpfl energia dentro do pátio de uma subestação da empresa.
No dia 14, uma portaria assinada pelo reitor carlos andré bulhões mendes designou os integrantes de uma comissão que faria a apuração das causas e consequências do apagão. Foi estabelecido prazo de 30 dias para a apresentação de relatório, período que terminaria em março. Até o momento nenhum resultado da investigação foi divulgado.
Preocupados com a falta de informações, 43 integrantes do conselho universitário apresentaram solicitação de que a reitoria apresente formalmente esses dados e que seja criado um comitê para a condução de uma política de gestão de riscos e de crises em contextos emergenciais. Em despacho datado de 1º de março, bulhões indeferiu a solicitação.
A apresentação da demanda aos conselheiros na última reunião, em 8 de março, tinha o intuito de que o órgão analisasse o indeferimento. A inclusão dessas solicitações na pauta foi aprovada com 53 votos favoráveis e três abstenções. Os pedidos devem ser votados na próxima sessão do órgão, prevista para 12 de abril.